Gosto muito mesmo da Stephanie Perkins. Para mim, atualmente, é a melhor do gênero. Seus romances adolescentes são refrescantes e delicados. Ela sempre me ganha pela diversidade de características dos seus personagens. E, simplesmente adoro, a maneira como ela constrói as famílias dos personagens adolescentes. Apontando para um conceito amplo de família. Que eu acho importante ser passado para esse público.
Embora, a meu ver, Isla e o Final Feliz seja o romance mais fraco dela que já li, ainda assim, Stephanie se mantém fiel tanto a essa diversidade quanto a sua delicadeza no trato das relações humanas. De longe, prefiro Lola e o Garoto da Casa ao Lado, mas a história de Isla é muito bonitinha também.
Isla, pronuncia-se "Ai-la", mora no mesmo colégio americano na França em que Ana conheceu St. Claire (primeiro volume da série), ela é ruiva e meio sem graça, muito tímida, melhor aluna da sala. É apaixonada desde o primeiro ano por Josh, um garoto da sua sala que é excelente desenhista e um pouco rebelde. Aparentemente, Josh nem liga para ela. Mas um dia, Isla está dopada por conta de ter tirado os dentes do ciso e, num encontro acidental com o rapaz, acaba falando mais do que deveria. O início de livro é bastante vibrante mesmo. Nós, leitores, não conhecemos a personalidade da garota e ela parece não contar pipoca na hora de saber o que quer. Porém, com o passar das páginas percebemos que se trata de uma menina tímida e fujona. Que justifica sua timidez através da sua amizade de infância com um rapaz autista que não é sempre bem aceito pelos outros.
Depois do encontro na cafeteria, é sempre Josh quem toma iniciativa. Isla está sempre com dúvidas, não sabe quem é ou o que quer. Mas o garoto é convincente. Eles logo começam a namorar e o comportamento rebelde de Josh se torna o problema. Por razão de atos inconsequentes, os pais vão levar Josh de volta aos Estados Unidos, então boa parte do romance se dá na luta dos dois para ficarem juntos.
Achei a personalidade de Isla um tanto cansativa, admito. Além disso, o livro traz cenas de sexo que revelam mais detalhes do que eu gostaria num livro do gênero. Fica parecendo que somos meio voyeur. Muito pelo livro estar em primeira pessoa. Enfim, quem contaria detalhes dessa natureza para outra pessoa? Muito pela escolha das palavras na descrição das cenas. eja você mesmo: "Quando ele está dentro de mim é tão bom, tão intenso, que solto um gemido. Josh me olha nos olhos para ter certeza de que está tudo bem, de que está tudo muito bem, e eu respondo movimentando meus quadris". Nada contra cenas de sexo em livros adolescentes, mas delicadeza é a chave. Para mim, essa passagem é desnecessária, ultrapassou a barreira dos tons de cinza.
Entretanto, de forma geral, é um romance legal. Com cenas bonitinhas como a da cafeteria em que eles se conhecem, quando ela conhece os amigos dele (Ana, Lola, St. Claire e Cricket) e o reencontro final. Fofo demais! E gosto também do Kurt, o amigo autista com o nome do vocalista do Nirvana. Gosto da maneira como a personagem vai percebendo que a proteção que ela exerce sobre o garoto é na verdade uma maneira que ela mesma encontrou de se isolar. Quantas vezes usamos o outro para justificar os nossos erros, não é mesmo?
Enfim, para mim, Isla e o Final feliz é um livro mediano. O pior que já li dessa autora, mas, ainda assim, legal. Vale a pena. Porém, só tenho mais uma reclamação, não gostei da capa, as outras duas eram muito melhores e mais instigantes. Veja aí se concorda comigo.
Isla, pronuncia-se "Ai-la", mora no mesmo colégio americano na França em que Ana conheceu St. Claire (primeiro volume da série), ela é ruiva e meio sem graça, muito tímida, melhor aluna da sala. É apaixonada desde o primeiro ano por Josh, um garoto da sua sala que é excelente desenhista e um pouco rebelde. Aparentemente, Josh nem liga para ela. Mas um dia, Isla está dopada por conta de ter tirado os dentes do ciso e, num encontro acidental com o rapaz, acaba falando mais do que deveria. O início de livro é bastante vibrante mesmo. Nós, leitores, não conhecemos a personalidade da garota e ela parece não contar pipoca na hora de saber o que quer. Porém, com o passar das páginas percebemos que se trata de uma menina tímida e fujona. Que justifica sua timidez através da sua amizade de infância com um rapaz autista que não é sempre bem aceito pelos outros.
Depois do encontro na cafeteria, é sempre Josh quem toma iniciativa. Isla está sempre com dúvidas, não sabe quem é ou o que quer. Mas o garoto é convincente. Eles logo começam a namorar e o comportamento rebelde de Josh se torna o problema. Por razão de atos inconsequentes, os pais vão levar Josh de volta aos Estados Unidos, então boa parte do romance se dá na luta dos dois para ficarem juntos.
Achei a personalidade de Isla um tanto cansativa, admito. Além disso, o livro traz cenas de sexo que revelam mais detalhes do que eu gostaria num livro do gênero. Fica parecendo que somos meio voyeur. Muito pelo livro estar em primeira pessoa. Enfim, quem contaria detalhes dessa natureza para outra pessoa? Muito pela escolha das palavras na descrição das cenas. eja você mesmo: "Quando ele está dentro de mim é tão bom, tão intenso, que solto um gemido. Josh me olha nos olhos para ter certeza de que está tudo bem, de que está tudo muito bem, e eu respondo movimentando meus quadris". Nada contra cenas de sexo em livros adolescentes, mas delicadeza é a chave. Para mim, essa passagem é desnecessária, ultrapassou a barreira dos tons de cinza.
Entretanto, de forma geral, é um romance legal. Com cenas bonitinhas como a da cafeteria em que eles se conhecem, quando ela conhece os amigos dele (Ana, Lola, St. Claire e Cricket) e o reencontro final. Fofo demais! E gosto também do Kurt, o amigo autista com o nome do vocalista do Nirvana. Gosto da maneira como a personagem vai percebendo que a proteção que ela exerce sobre o garoto é na verdade uma maneira que ela mesma encontrou de se isolar. Quantas vezes usamos o outro para justificar os nossos erros, não é mesmo?
Enfim, para mim, Isla e o Final feliz é um livro mediano. O pior que já li dessa autora, mas, ainda assim, legal. Vale a pena. Porém, só tenho mais uma reclamação, não gostei da capa, as outras duas eram muito melhores e mais instigantes. Veja aí se concorda comigo.