Estou percebendo que as postagens que envolvem dicas com relação ao universo infantil estão fazendo certo sucesso. Isso é interessante, visto que boa parte dos meus leitores são adolescentes e alunos. Mas acho que meus colegas nessa fase de ter e criar filhos acabam curtindo o blog também.
A proposta para hoje é de mais uma atividade. Porém, um pouco diferente, uma vez que não é nada ao ar livre ou que faça sujeira. Na verdade, é algo que você pode simplesmente comprar numa loja. Hoje a atividade vem na figura de um brinquedo famosíssimo, imortalizado nas telas de cinema pelo filme Toy Story: o Senhor Cabeça de Batata.
Primeiramente, queria contar como descobrimos a eficiência desse boneco que existe desde 1952. Na nossa viagem para São Paulo, passamos uns dias hospedados na casa dos queridos Marcelo e Cris. Eles têm filhos mais velhos que a Bia e, ao término da viagem, ela nos doou os brinquedos (super bem cuidados) que os meninos não curtiam mais. Gente, essa prática é maravilhosa. E deve ser passada adiante.
Nos tempos em que vivemos, as crianças têm brinquedos demais para pouco espaço, para o tanto que efetivamente brincam com eles. Então, é importante ter essa rotatividade. Já falei que estímulo demais não é positivo, é estressante.
Além disso, o que me admira nas crianças da Cris é o cuidado com as peças. Estão usadas, claro. Mas estão todas lá e inteiras. Esse tipo de ensinamento é tão valioso para a vida, vocês não acham?
Para completar, de quebra, ainda tenho a oportunidade de ensinar à Bia que nem tudo que é divertido precisa ser novo, precisa ser de uma loja, precisa ser comprado. Até hoje, Bia brinca com sucata da mesma maneira que brinca com seus Fisher Price, não faz distinção. Pretendo que continue assim, mas sei que a publicidade para crianças de quatro anos é massiva e interfere nessa relação.
Bom, voltando ao Cabeça de Batata, ele estava entre os brinquedos doados. Assim que chegamos, tratei de arrumar o quarto da Bia com os brinquedos novos. O quarto de uma criança dá um post só para isso, mas arrumar brinquedos, em outras palavras, significa esconder alguns. As crianças pequenas têm uma memória frágil ainda. Se você esconde os brinquedos por um tempo, quando você os devolve, é como se eles os ganhassem novamente. A empolgação é contagiante. A economia também.
Bia já estava empolgada por rever seus brinquedos. Mas, o Cabeça de Batata... Nossa! Foi amor à primeira vista. O brinquedo veio numa malinha no formato de batata, desde que ele chegou em julho, tenho pesadelos com essa malinha abrindo e esparramando as peças no chão, fruto de tantas vezes que já juntei essas pecinhas. Ela simplesmente adora esse brinquedo. Mesmo tendo muita dificuldade para colocar as peças nos espaços corretos, ela não desiste. E, várias vezes, já a pegamos correndo pela casa tentando colocar em si mesma os óculos minúsculos da batata.
Eu pensava que esse brinquedo faria sucesso bem mais tarde. Talvez com três anos, quando ela pudesse mexer com as peças testando as diferentes possibilidades, mas que nada, a batata ganhou nossos corações com uma Bia de um ano e meio. Depois, fiquei pensando, a Bia está numa fase de reconhecimento de si mesma, de reconhecimento da sua individualidade, do seu corpo, um brinquedo que traga olhos, ouvidos, bocas e narizes só poderia encantar mesmo.
Eu recomendo demais esse clássico americano. Agora, para o natal, é uma boa dica de presente. É caro, mas nem tanto. O simples, com 18 peças, gira em torno de R$70,00. Para você que não sabe como o brinquedo é, trata-se de um corpo de batata de plástico que vem com uns furinhos. Aí, tem as pecinhas, com diferentes formatos, são olhinhos, chapéus, sapatos, bracinhos, bocas. As peças são pequenas, mas não dá para engolir. Deixo a Bia brincando com ele tranquilamente.
Acredito que seja mais do que possível fazer esse brinquedo em casa também. Com diferentes vegetais e carinhas engraçadas. Quando a Bia for mais velha e puder me ajudar desenhando as carinhas, certamente vou tentar. Mas, por enquanto, fica a dica de um brinquedo que é fenomenal.
Se eu puder me meter ainda mais na sua lista de presentes, não aconselho dar aos menores os Cabeça de Batata que são temáticos, tipo da Marvel Star Wars ou de princesas (Sim, existe a Senhora Cabeça de Batata). As crianças estão numa fase de descoberta e identificar olhos e bocas já é difícil, introduzir máscaras e capacetes acaba sendo um pouco demais. Invista nesses brinquedos para crianças um pouco mais velhas.
Por fim, uma dica que aprendi recentemente nessa minha vida de mãe: todo brinquedo com fim educativo deve ser mantido completo e numa caixa exclusiva. Por isso minha tarefa prometeica de juntar todas as vezes as pecinhas. Deus sabe o trabalho que dá!
Mas, veja bem, um brinquedo desses tem um propósito, a criança brincante não o percebe, você sim. Se você deixar um quebra-cabeça espalhado e as peças se perderem, nunca mais você atingirá o objetivo de montar a cena. O que é frustrante para caramba, diga-se de passagem. Isso se aplica a qualquer brinquedo educativo. Blocos, brinquedos de sequenciação, brinquedos de categorização (como animais da fazenda). Todos eles devem ser guardados com todas as peças e em caixinhas/ambientes separados, ou seja, organizados.
Observe que não é o caso de que a criança vá ignorar os brinquedos, ela vai brincar com eles mesmo misturados. O brinquedo apenas não atingirá o propósito a que se propõe.
Vou parando que o post ficou grande demais!
Até...
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