Oi gente que eu nem sei quem é,
Tão difícil começar a escrever.... Nunca tive problemas com
uma folha em branco, mas hoje, parece que é diferente. Parece que eu vou
começar algo novo. Algo realmente importante. Estou nervosa, querendo muito que
dê certo. De um jeito ou de outro, para mim, tanto faz. Por isso, começo esse
blog. Mesmo sabendo como é incrivelmente devastador escrever para o nada. Escrever
olhando para o vazio.
Não me leve a mal, já fui muito de escrever na net. Já ri
bastante, já conversei com gente desconhecida, já entrei em furada, já cansei
das redes sociais, já voltei para elas... Enfim, que fique claro que não sou
uma alienada, uma analfabeta digital ou qualquer coisa dessa natureza. Acontece
que, em algum momento, eu tive de crescer. E quem escreve dissertação não tem
tempo para ficção.
Mas aí o mestrado acabou, eu passei num concurso e comecei a
trabalhar. Aos poucos fui me adaptando, colocando cada coisa em seu lugar até
que deu tempo de fazer a coisa que mais gosto no mundo: contar estórias. Adoro
a cara dos meus alunos quando conto o mito de Eros e Psiqué na sala de aula
todos os semestres. O rosto ansioso de quem espera pela próxima cena, pela
próxima reviravolta na vida dos personagens. Quando eu conto uma estória,
novamente entro naquele universo e vejo como um filme os personagens criando
vida na minha frente...
Gosto tanto dessa sensação que acho que foi por isso que eu
comecei a escrever. Eu queria mesmo ver onde aqueles personagens que eu estava
conhecendo na minha cabeça iriam chegar. Fui a primeira ouvinte das suas
peripécias (tá, confesso, sempre quis usar essa palavra). Depois, foi surgindo
um desejo de falar sobre esses personagens, se o que eles fizeram foi bacana,
foi legal. Eu precisava deixar uma porta aberta para esse meu universo
particular e transformá-lo em mundo palpável. Entregar meu universo para os
outros. Partilhar minhas ideias. O ser-humano é um ser social, fazer o que?
Terminei de escrever meu primeiro livro. Uma estória de
adolescentes tão queridos, tão meus, tão reais. Tenho o maior carinho por cada
um deles. Aos poucos, vocês vão conhecê-los. Se isso aqui der certo, quem sabe
um dia você não vai encontrá-los na livraria? Esse é o meu grande sonho.
Mas vou te contar, ouvidos do infinito que nem sei se estão
escutando, essa não é uma tarefa fácil. Publicar um livro é difícil. Mais
difícil ainda é ser visto. Ser valorizado. Ser reconhecido sem ser BBB.
Nesse blog, quero contar minhas tentativas e frustrações
desse caminho obscuro da publicação. Será que eu chego lá? Li por aí que demora
em média dez anos para um escritor ser reconhecido. Será que eu aguento? Será
que meus amigos vão me aguentar lendo e relendo meus projetos? Coitados!
Provavelmente, você deva estar querendo saber o que foi que
eu já fiz para esse sonho se realizar. Bem... Por enquanto, estou inscrita num concurso
literário e também recebi uma proposta de uma editora razoavelmente grande, mas
eu teria de pagar uma parte da tiragem da primeira edição. 500 exemplares por R$6000,00.
Infelizmente, ainda não tenho esse dinheiro. Mas foi bom
saber que uma editora se interessou por mim. Que alguém que leu e trabalha com
isso, gostou do que viu e acha que tem potencial de mercado. É um incentivo.
O que nos leva novamente ao blog. Vocês não me conhecem.
Bom, pelo menos uma parte de vocês, já que meus amigos, família e alunos vão
acabar descobrindo esse blog também, o que vai me deixar morrendo de vergonha.
Mas tudo bem. Quem tem um sonho, não pode ter vergonha de realizá-lo.
No blog, pretendo publicar também, estórias paralelas às dos
livros que vou escrevendo. Assim, vocês vão me conhecendo e conhecendo meus
personagens. Vou fazer de tudo para seduzir vocês, prometo.
Também li por aí, que a internet é um tipo de fada moderna.
Ela realiza desejos. Impossível mensurar o poder de uma mensagem dentro de uma
garrafa, lançada no infinito. Se você está lendo essas palavras é porque de
alguma forma o destino nos uniu e eu tenho a oportunidade de te mostrar um
pouco do meu universo particular. O destino está nos dando uma chance de nos
conhecermos, de nos identificarmos. Acho que isso vale alguma coisa.
Quem sabe você não é um grande editor? Quem sabe um dia esse
blog não terá milhares de seguidores e uma briga por patrocínios? Quem sabe um
dia não serei uma escritora famosa como o Pedro Bandeira (o mestre)? Vai saber
o poder do destino....
Só sei que me garantiram, que todo grande escritor no Brasil
e no mundo tem que ter um site. Eis o primeiro passo.
Abraços ,
Como sua leitora desde as brochuras e como entusiasta do "correr atrás do sonho", eu te digo: quem tem talento, só precisa de um pouco de sorte! Então, te desejo um pouco de sorte!
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