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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Mariah Mundi - Os diamantes fantasmagóricos

Pessoas queridas, mil desculpas, eu sei que ando uma leseira na escrita esses posts. Como é que pode: uma semana sem dar notícia? Perdões, perdões, perdões... Mas, se a condição me exime, estou exausta. O bicho tá pegando no trabalho e eu ainda estou fazendo um curso à noite, fora outras coisas. O mês de agosto tá mais puxado que o costume. foi malz!!!

Meu tempo de leitura está curtinho e eu não sou dessas pessoas que rendem bem noite afora. Demorei para pegar o ritmo de Mariah Mundi - Os diamantes fantasmagóricos e até agora estou confusa sobre algumas partes, nem tanto por causa da história, mas porque acabei cochilando no meio do processo mesmo.

Este livro é a continuação de Mariah Mundi - A caixa de Midas que eu já resenhei aqui mais no começo do ano e como o primeiro da série também é muito bom. Realmente, não sei como ele não fez esse sucesso todo pegando o rastro dos fãs órfãos de Harry Potter. Não que as histórias sejam semelhantes, na verdade, são totalmente diferentes, mas é um mundo fantástico e um adolescente (para variar: órfão) tentando se encaixar nesse universo de magia.

O mundo de Mariah, todavia, não é completamente mágico, existem apenas algumas criaturas místicas e sobrenaturais como o Kraken e artefatos mágicos como a caixa de Mídas. Aliás, recolher esses artefatos é o trabalho de Mariah, ele e seu padrinho Capitão Charity fazem parte do Departamento de Antiguidades que basicamente procura, localiza e esconde em segurança peças como essas. Claro que onde estão estas relíquias estão também as maiores aventuras e os vilões mais poderosos.

Nesse volume, Capitão Charity comprou o luxuoso hotel Príncipe Regente e tudo parece correr bem até que no meio do baile da meia-noite cinco dos hóspedes mais importantes simplesmente explodem. Além disso, um grandioso navio e seu dono, um milionário para lá de excêntrico, chegam um dia após a confusão. Sacha  e Mariah escapam de um assassino mascarado que se esconde na noite. Enfim, muita coisa acontecendo que parece não ter ligação. A explicação começa a tomar forma através dos diamantes fantasmagóricos, diamantes do tamanho de punhos de homem que são capazes de mostrar a aparência das pessoas na hora de sua morte.

Você já deve imaginar que é ação em cima de ação, não é? Os personagens são incríveis e a história toda é criativa que dói. Vale demais a tentativa de entrar nesse universo de nebulosa escuridão e mistério numa cidadezinha portuária da Inglaterra esquecida de todos onde o absurdo parece acontecer naturalmente. 

Já estou me coçando pelo próximo volume: Mariah Mundi - A Nau dos Insensatos

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Coisas frágeis

Ainda não sei exatamente o que achei da minha primeira experiência com Neil Gaiman. Minhas impressões de Coisas Frágeis variaram entre "não é para tanto" e "caraca, que massa". Mas vou partilhá-las com vocês mesmo assim para que vocês, se foram ler ou já tiverem lido, possam tirar suas próprias conclusões.

Neil Gaiman é um escritor que se destacou inicialmente nos quadrinhos com a série Sandman, que é uma releitura das aventuras de Morpheu, o deus mitológico dos sonhos. Não sou uma grande fã de quadrinhos, tampouco lia a obra, mas a crítica elogia muito esse trabalho. 

Coisas Frágeis é um livro de contos que traduz a maturidade de Gaiman. Pelo menos, ao que me pareceu, este é o estilo dele, este livro diz muito sobre o tipo de coisa que ele pretende deixar de legado para o mundo. E, pode ter certeza, é um legado estranho.

A criatividade é o ponto forte desse autor. Sua capacidade de escrever sobre diferentes universos impressiona. Assim como sua capacidade de interagir com outros textos. Em Coisas Frágeis há contos que se relacionam com Sherlock Holmes, com as Crônicas de Nárnia, com o universo de Matrix... Todos eles muito coerentes. Eu gostei demais desse aspecto da literatura de Gaiman, mesmo quando me faltaram as referências certas. Gosto da possibilidade de interação, de mexer com personagens queridos, de trazer de volta seus universos impossíveis e misturá-los.

Entretanto, várias vezes, senti um exagero desnecessário. Essa coisa de dar dramaticidade demais à cena para que ela vire literatura de alto nível. Como o personagem de um dos contos que mata todos os homens que tiveram a possibilidade de ser o seu pai desconhecido com requintes de crueldade, não tinha nada a ver com o conto esse aspecto da vida dele, mas está lá como um apêndice. Esta impressão de exagero ficou me rondando em alguns textos em que eu pensei assim:  "esse detalhe não precisava". Mas não é nada que desmereça o artista.

Como em todo livro de contos, gostei mais de uns do que de outros, falarei de dois dos meus preferidos. Meus favoritos foram O pássaro-do-sol e Os fatos no caso da partida da senhorita Finch, apesar de que poderia citar pelo menos mais três contos que me chamaram bastante a atenção pela qualidade e potencial criativo.

Em O pássaro-do-sol, vamos acompanhar um grupo exótico de pessoas que se reúne para degustar as comidas mais diferentes do mundo inteiro. Chega um momento que este cube da comida está entediado e lhes é sugerido ir ao Egito comer a ave mais saborosa de todas, o pássaro-do-sol. Esta ave, eles ão sabem, mas trata-se de uma fênix.

Já em  Os fatos no caso da partida da senhorita Finch, acompanharemos um casal que pede a um amigo para fazer companhia para uma visita. A visita, a senhorita Finch, é uma mulher chatíssima que reclama de tudo e não para de falar de trabalho, ela é biogeóloga e sua paixão são os Tigres dente de sabre. Os quatro acabam indo para um espetáculo totalmente esquisito que se passa nos túneis vagos do metrô de Londres. De repente, a Senhorita Finch some. E fica subentendido que ela não era tão chata, apenas não realizara seu maior sonho.

De forma geral, gostei do livro. foi uma experiência bem diferente. Demorei um pouco para engatar a leitura, mas depois que comecei, não foi difícil chegar ao final. Recomendo para aqueles que apreciam o novo e que apostam na modernidade, pois se tem uma coisa que Gaiman se esforça para ser é moderno.

domingo, 18 de agosto de 2013

Minha vida fora de série

Meninos, estou bege com a minha total incapacidade de escrever durante essa semana... So sorry! Mas também, é tanta coisa acontecendo que nem cabe em uma semana. Muita coisa para discutir daqui para frente. É curso on-line, é novidade no trabalho, enfim... Por enquanto, a gente deixa isso para lá.

Olha, passei vários dias dessa semana tentando dar conta do meu primeiro contato com Neil Gaiman, mas ainda não consegui terminar o livro de duzentas páginas, vocês acreditam? Estou perdidinha. Acho que me faltam várias referências para entendê-lo, ou então, eu simplesmente tenho que abrir mão de tentar entender e seguir em frente. Li cem páginas e pretendo terminar as demais esta semana. Depois escrevo a resenha.

Por conta das mil atividades da semana e da minha batalha pessoal com Gaiman, quase não li. Estava preocupada com a atualização do blog. Por isso, ontem, decidi pegar o livro novo da Paula Pimenta que eu tinha comprado. Mesmo com almoço na casa da sogra, faxina aqui em casa e supermercado, deu tempo de ler todinho e agora apresento minha resenha.

A personagem principal desta nova série da Paula se chama Priscila (coincidência, né?) e está com treze anos. Ela acabou de se mudar de São Paulo para BH porque os pais se separaram. Priscila é uma menina ativa, que adora animais e, ao contrário da Fani (de Fazendo meu filme), não tem nada de tímida. Em pouco tempo ela se entrosa com a família e as amigas na nova cidade.

Logo no começo, ela se interessa por um rapaz mais velho que toca guitarra. Eles paqueram e ela cogita dar nele o seu primeiro beijo, porém acaba percebendo que o rapaz é um idiota e desiste. Depois das férias, ela conhece outro cara, que é muito parecido com esse rapaz, mas que é maravilhoso. Ela se apaixona perdidamente e o garoto parece corresponder, só tem um problema, os dois rapazes são irmãos. E aí?

Ainda não terminei de ler a série Fazendo meu filme (o livro 3 tá bem carinho), mas acho que a Paula está bem mais criativa com relação ao enredo nessa segunda série. A protagonista, apesar de ser mais jovem, parece melhor construída do que a Fani. O casal principal é uma gracinha de tão fofo. Uma gracinha infantil, que fique claro! Os treze anos dela totalmente nos convencem e eu achei isso bem legal, afinal, como eu venho reclamando, parece que o nosso mercado editorial não tem mais histórias sem sofrimento e com beijo na boca. O adolescente de hoje está dramático demais, nem tudo precisa ser a luta contra o câncer.

Enfim, adorei. Pode comprar e ler sem medo, pode dar para sua prima, para sua sobrinha...

Eu vou comprar a segunda temporada que saiu faz pouco tempo. Dizem que há um salto no tempo e vamos encontrar a Priscila já mais velha. Acho que vai ser bem legal!

domingo, 11 de agosto de 2013

Will & Will: um nome, um destino


Terminei de ler esse livro agora e já vim logo escrever, embora ainda não saiba dizer exatamente o que eu achei sobre ele...


Com certeza, posso afirmar que é uma história criativa, tanto na forma que foi escrita quanto pelo que trata. 

Will & Will foi escrito numa parceria entre o queridinho dos adolescentes americanos, John Green, autor de A culpa é das estrelas, e o também famoso David Levithan, autor de Nick e Norah, que chegou até a virar filme. Só isso já deveria fazer com que o livro sumisse das livrarias, mas não sei o que acontece, nunca vi ninguém no Brasil comentando esse livro, não alguém que não o tenho lido em inglês.

Bom, tenho minhas suspeitas para explicar o motivo desse "abandono". Primeiro, a parte gráfica do livro. Eu adorei o tom de prata da capa, vai ficar lindo na estante, mas, na verdade, não é uma capa muito atrativa, pois não conseguimos antever nada da história. A única coisa que está em destaque são os nomes dos autores. O que, obviamente, não é o suficiente para atrair todo tipo de leitor.

Além disso, tem a história... E, talvez, o mercado editorial brasileiro seja puritano demais para investir pesado na publicidade numa história que fale sobre relacionamentos homossexuais. O livro não é exclusivamente sobre isso, mas trata sobre isso também. Um livro sobre casais gay para jovens no Brasil me parece demais mesmo. Já achei muito a publicação...

Vamos ao resumo. Will e Will são dois jovens que têm o mesmo nome: Will Grayson. Eles moram em cidades diferentes e têm vidas completamente diferentes. Um dia, pelo acaso do destino, eles se conhecem. Cada autor escreve um Will. Cada capítulo tem um Will diferente como protagonista. Vocês acreditam que tem gente que não consegue perceber isso? Mesmo o segundo Will escrevendo tudo com letra minúscula como se estivesse passando uma mensagem de texto? essa é uma das críticas ao livro... Gente-que-não-sabe-ler-e-reclama-dos-autores. É o problema de tentar ser original...

O Will 1, pelo jeito é escrito por Green, é um rapaz que fala pouco, que prefere não se envolver, meio ranzinza e que tem um melhor amigo para lá de bizarro: Tiny Cooper. Tiny é do time de futebol americano, enorme, de alto e de gordo, e super-mega-ômega gay, gay florzinha mesmo, gay de saltitar pelos corredores da escola, gay a ponto de conseguir financiamento da escola para montar um musical sobre a própria vida. Tiny e Will são amigos desde sempre e Tiny vive colocando Will nas mais fantásticas furadas. Só essa história eu já achei o máximo, afinal, que mal há em héteros e gays como amigos de infância? É um assunto delicado que ninguém quer tocar. Os gays sempre aparecem como amigos de mulheres e isso é uma forma de preconceito.

Já o Will 2 é bem mais chatinho. Ele toma remédios para depressão (seria impossível um livro para essa geração sem pelo menos uma doencinha, não é mesmo?) e está se descobrindo gay. É um chato que não se abre para os amigos e vive reclamando da vida o tempo inteiro. Tudo bem, é uma fase difícil e ele está com raiva de todos. Mesmo assim, ele tem umas tiradas irônicas muito engraçadas. 

Will 2 está apaixonado por um cara da internet e quando vai conhecê-lo, leva um fora e acaba esbarrando em Will Grayson. A partir daí, não posso falar, pois é você que tem que ler. 

Eu gostei e recomendo, principalmente pela originalidade do tema. Se você, entretanto, não consegue nem ler sobre beijo gay que já se coça todinho de preconceito, então, esse livro não é para você.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A probabilidade estatística do amor à primeira vista

Olá, gente!
Mais uma vez aqui para dar conta de um livro... 

Sem mais rodeios, vamos ao que interessa: não gostei de A probabilidade estatística do amor à primeira vista!

O título é maravilhoso e instigante, imaginei a história de um nerd, fofinha e apaixonante com beijo no final, sabe? Coisa bem matemática, bem romance adolescente. Nada a ver!

A capa, então, lindinha! Apaixonei-me por ela. Definitivamente, chama a atenção e dá vontade de comprar.

A premissa é interessante também. A Hadley viaja de avião para Londres para reencontrar o pai, no longo voo de sete horas, ela conhece Oliver e rola um clima. Mas será que esse romance tem chance de acontecer?

Você deve estar se perguntando o porquê de eu não ter gostado desse livro, afinal, falando assim parece ótimo! 

Bom... Seria ótimo se assim o fosse, mas não é. O foco da história não está no romance de Oliver e Hadley, está nos problemas da garota com o pai. Isso mesmo, mais um livro com adolescentes cheios de problemas e poucos beijos na boca. Ai, ai, ai... (suspira!) Como essa geração procura cabelo em ovo para poder sofrer...

No caso da protagonista, o GRANDE problema é o divórcio amigável dos pais. O pai está com uma nova mulher, vive convidando Hadley para passar uns dias com ele em Londres, mas a COITADINHA se sente abandonada. Ainda por cima, para completar o caso da garotinha que não tem com o que sofrer, Hadley defende bravamente a mãe, que aliás, já tem um novo namorado por quem é apaixonada. 

Achei isso um saco! Sem falar que qual é o adolescente que vai querer que os pais permaneçam juntos mesmo sem se amar mais nos dias de hoje? Nã... Fraquinho, fraquinho, fraquinho...

Se ao menos o romance fosse o principal e o lance com o pai ficasse em segundo plano, pode ser que a história fosse melhor. Mas, na verdade, a proporção é mais ou menos essa, para cada cem páginas do romance, dez são sobre o casal e noventa sobre o relacionamento da protagonista com o pai.

Enfim, eu não gostei. Para variar, eu me senti traída pela capa fofa. Caí mais uma vez no conto do adolescente com problemas quando tudo que eu queria era romance água-com-açúcar e beijo na boca.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Trecho de Por onde andei



Bruna Drummond arrepiou os meus cabelos. Ela me deixou de joelhos. Superou toda e qualquer expectativa que eu tivesse com relação a ela. Não sei como seremos nós dois naquele palco, mas começo a pensar que talvez consigamos vencer esta competição. Ela é um furacão.
Chego à academia e logo de cara vejo que Bruna está tendo aulas com o Serginho. Pergunto se tem alguma coisa errada e a atendente me explica que ela decidiu por si mesma ter mais aulas. Aulas normais de Dança de Salão. Eu me senti traído. Como se ela não acreditasse na minha competência. Entretanto, assim que entrou na minha sala na hora do nosso ensaio, veio logo me dizendo:
─ Carlos Eduardo, eu peço desculpas por ontem. Nem te deixei falar. Fui uma péssima aluna e garanto que não costumo ser assim. – Por essa eu não esperava mesmo. Não sei se era verdade o que dizia, ela é uma atriz muito convincente. Mas seus olhos tinham tanta sinceridade que não aguentei sustentar o olhar.
─ Tudo bem, Bruna. Eu sei que foi difícil.
─ Não. – Ele segurou meu rosto. – Presta atenção, garoto. Eu quero me desculpar porque sei que não agi da melhor forma possível com você ontem. – Ela sabe ser convincente. – Mais do que visibilidade, já entendi que você está aqui para ajudar seus amigos desta academia. Sei que você nem precisa de fama, nem de dinheiro. Do jeito que vi você dançando, consigo compreender completamente o motivo de terem te escolhido para essa tarefa. Você é muito talentoso.
─ Obrigado. – Eu não esperava por essa também. Fiquei olhando para os meus pés.
─ No entanto, - ela continuou sem ligar a mínima para a minha timidez – eu não estou no seu mesmo barco. Preciso ganhar esta competição. Minha carreira depende disso. E eu não brinco com minha carreira. – Ela falava muito sério. Bruna me pareceu ter uma força incrível. – Então, olha para mim, Carlos Eduardo. – Não ousei desobedecer. – Estou dizendo que a partir de hoje meu compromisso é total. Vou tentar confiar em você o máximo que conseguir e farei tudo que me for mandado fazer. – Nossa! Para alguém que eu nem imaginava que saberia meu nome, foi uma mudança bastante significativa de atitude.
─ Calma, Bruna. – Consegui responder. – Confiança a gente vai adquirindo com o tempo. – Ela ouvia com atenção. Entendi o que Eleonora havia dito, Bruna é tão determinada quanto eu. – Eu acho que também errei com você. – Tive de admitir. – Como você sabe, não sou professor. Faço coreografias. Participo de competições. Mas nunca trabalhei com alguém iniciante. – Tentei não carregar a palavra iniciante com tons pejorativos, acredito que fracassei nesse intento, pois ela fez uma cara de decepcionada. – Eu deveria ter ido mais devagar. Acho que me empolguei. Também peço desculpas.
─ Sem problema. – Continuava atenta. Os olhos grudados em mim.
─ Além disso, nós precisamos entender que somos parceiros agora caso queiramos vencer esta competição. Para tanto, eu deveria ter baixado a minha guarda e deixado você contribuir com a coreografia. Não fiz isso por orgulho, ou talvez, por inexperiência. Peço desculpas novamente.
Ficamos calados olhando um para o outro sem saber o que fazer direito. Bruna meio que esperava para ver se eu tinha mais algo a dizer. Eu não tinha, então ela falou:
─ Já que é assim, posso lhe mostrar no que eu andei trabalhando ontem?
─ Pode. – Respondi inseguro, com medo do que ela poderia estar aprontando. Será que trouxera uma coreografia nada a ver e iria insistir em usá-la?
─ Vou sambar e quero que você observe o meu rosto, minha expressão corporal, ok?
─ Você sabe sambar? – Ela me olhou com uma cara nada amistosa. Sorri pedindo desculpas, pelo jeito, era óbvio que ela sabia sambar.
Sem um pingo de timidez, Bruna colocou seu Ipod conectado no som a sala. Deu play e de frente para o espelho, como se eu nem estivesse lá, começou a sambar. Pernas esticadas, dedos delicados, bumbum empinado e uma expressão sedutora. Uma sensualidade que em qualquer outro ambiente teria me deixado constrangido, mas ali, naquelas quatro paredes, eu estava seguro. Era dança. E que dança.
Bruna sambava e girava seguindo o ritmo da música, seduzindo seu próprio reflexo na parede, piscando para ela mesma refletida ali. Um exercício que eu tinha tanta dificuldade de fazer e para ela vinha naturalmente.
Era o que eu buscava. Certo. Não havia nada de técnica ainda, mas a imagem era perfeita. Que homem não desejaria Bruna sambando daquele jeito? Um corpo escultural. Um rosto de menina travessa. Uma sensualidade que exalava por todos os poros. Era a música certa para ela. Para nós.
Até a versão que ela escolheu era melhor. Diogo Nogueira e Bruna sambando para o espelho mexeram comigo. Uma sensação de ter encontrado aquilo que procurava se apoderou de mim.
Eu a peguei pela cintura. Comecei a dançar conduzindo-a para o quadrado. Seus olhos dobraram de tamanho grudados nos meus. Estava apreensiva, eu quebrei o trato de somente assisti-la, mas eu precisava aproveitar a oportunidade.
Ela não resistiu à condução Fiz os passos mais simples. Terminamos a música girando um em torno do outro. Bruna sorria para mim. Imagino que compartilhava o que eu também já sabia
─ E aí, o que você achou?
─ Acho que encontrei minha parceira para o Dança das Celebridades. – Sorri e lhe estiquei a mão para o cumprimento. Ela sorriu de volta.
─ E da música?
─ Melhor do que a versão original...

─ Então é essa. – Sorrimos como parceiros pela primeira vez.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Os seis melhores de 2013

Passeando pelos vlogs literários por aí percebi que a galera estava postando sobre os seis melhores livros do ano lidos até agora, resolvi que chegou a minha hora de tentar me desafiar nesse . Gostei de tanta coisa que, com certeza, não é tarefa fácil escolher apenas seis.

Sofrendo, fiz uma lista com dez livros. Depois, com uma dor no coração por excluir maravilhas como A Elite de Kiera Cass e Jogos Vorazes, chegamos aos seis mais. 

Esses aqui, pode comprar sem medo, na minha opinião, valem cada centavo de investimento.

Lola e o garoto da casa ao lado - Stephanie Perkins - Editora Novo Conceito
Um dos melhores livros de menininha que já li na vida. Faço minhas as palavras de John Green ( autor de A culpa é das estrelas), eu quero um filho dessa mulher. O livro é uma fofuríssima. Conta a história de Lola, uma garota descolada que adora figurinos e do seu amor mal resolvido pelo seu vizinho. AMO!

O Castelo Animado - Diana Weynne Jones - Editora Galera Records
Já falei e repito: essa mulher se garante! O Castelo Animado é um desbunde de fantasia!!! É de arrepiar de tão maravilhoso. Essa é a história de Sophie, uma moça com alma de velha. Uma feiticeira lhe lança um feitiço e a transforma numa velha de oitenta anos. Sua única alternativa é buscar a ajuda de um mago cruel ou o perdão da feiticeira. Nessa travessia em busca da solução, ela encontra um castelo viajante que flutua entre as nuvens, dentro dele, uma porção de personagens incríveis e aventuras fascinantes.


Ninhonjin - Oscar Nakasato - Editora Benvirá 
A história da imigração japonesa pelos olhos de uma família simples. Ninhonjin é um livro sucinto e ao mesmo tempo intenso, porque a vida das pessoas como eu e você é intensa. Eu achei belíssimo.

Para Cima e Não Para o Norte - Patrícia Portela - Editora Leya
Lombra das mais loucas que já li. Coisa fina. Tamanha criatividade é até difícil de encontrar, a autora está de parabéns. Além da parte gráfica do livro que é um primor, um capitulo a parte, aorei o conceito. Um homem plano que vie dentro de um livro e desliza entre as palavras. Fantástico e filosófico.

Toda Poesia - Paulo Leminski - Companhia das Letras
Outro fenômeno criativo. Leminski é uma experiência que qualquer leitor deve ter para amar e para xingar. Para achar ridículo e respeitar. Para visitar o cotidiano, o  inusitado e o que está longe de ser lírico e, se conseguir, ver a poesia de todas as coisas.

Ritos de Primavera - Diana Peterfreund - Editora Galera Record

Minha nova paixão, a série Sociedade Secreta. Um jovem adulto que não é mais do mesmo. É diferente. Não é uma história de grandes conquistas, nem de doença e sofrimento como está na moda, são jovens normais com desafios do tamanho dos seus pés, mas, quando você fecha a última página do livo, você fica morrendo de saudades de cada personagem. Imperdível!!!

domingo, 4 de agosto de 2013

Ladrões de Elite

Queridérrimos, eu não sumi. Só aproveitei um cadinho das férias sem blog, na verdade, sem tecnologia. Voltei meio sem ritmo e caí diretinho numa volta às aulas com nova gestão e muita coisa para fazer... Então, esse dias não foram profícuos para a leitura e a escrita. Agora, porém,estou de volta com mais um livrinho: Ladrões de Elite de Ally Carter.

Peguei a dica de leitura de um blog que gosto muito: garota it. Geralmente, gosto das indicações da Pam, procuro pelos livros aos quais ela dá cinco estrelas. Foi lá que me apaixonei por Lola e o Garoto da Casa ao Lado. Mas a minha avaliação desse aqui foi média. Acho que passei da idade...

Vamos para o resumo...

É uma história de detetive as avessas com muita ação. Kat Bishop é filha de um ladrão famoso no universo do roubo de artes. Sua família, aliás, tem tradição nesse negócio e várias regras sobre como agir. Kat não quer mais levar essa vida de ladra e entra para uma escola tradicional com o objetivo de estudar e ser uma profissional honesta. Algo, entretanto, muda o seu destino e atrapalha os planos.

Os quadros pessoais de um perigoso bandido são roubados com uma técnica semelhante a do pai de Kat, tornando-o suspeito. O bandido não pode recorrer a polícia, pois detém os quadros ilegalmente. Então, ameaça Kat, ou ela devolve os quadros em quinze dias ou ele mata o pai dela. Acontece que o pai dela dessa vez é inocente e não faz a menor ideia de com quem estão os quadros.

A partir daí, junto com sua equipe de primos tortos do crime, Kat começa uma busca pela Europa. A única chance do pai é que ela encontre os quadros e os roube novamente.

A premissa é interessante, a leitura é leve e cativante (apesar da preguiça a que estou acometida, consegui terminar). Porém, achei muito Sessão da Tarde, sabe? Grupo de adolescentes tipo galerinha do barulho que vai aprontar na sua telinha... Achei a estrutura da história bem razoável, mas os personagens não são trabalhados corretamente. As coisas simplesmente acontecem e você não entende a motivação deles. Fica no ar um clima de família, mas acho que nem tudo se justifica por esses elos no caso de uma família tão particular quanto a de Kat.

O livro é visivelmente um gancho para uma série. Talvez, nas suas sequências, fique melhor. Porém, apesar da crítica, eu indico. É divertido. Se você é mais jovem, ou simplesmente mais jovem de espírito e curte uma boa Sessão da Tarde, vale o quanto custa (foi baratinho na estante virtual).

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Atualização do desafio Julho/2013

No mês de Junho, facilmente, eu consegui cumprir com a meta. E cheguei à metade do desafio. Acompanhe o que eu já li e resenhei até agora:

  1. As vantagens de ser invisível - Stephen Chbosky - Editora Rocco
  2. Sábado à Noite - Babi Dewet - Editora Évora
  3. Lola e o garoto da casa ao lado - Stephanie Perkins - Editora Novo Conceito
  4. O Herói Perdido - Rick Riordan - Intrínseca
  5. Apaixonada por palavras - Paula Pimenta - Editora Gutenberg
  6. O Filho de Netuno - Rick Riordan - Intrínseca
  7. A marca de uma lágrima - Pedro Bandeira - Editora Moderna
  8. O Guia do mochileiro das galáxias - Douglas Adams - Editora Arqueiro
  9. Rosa e Túmulo - Diana Peterfreund - Editora Galera Record
  10. Contos de amor rasgados - Marina Colasanti - Editora Record
  11. Pobre não tem sorte - Leila Rego - Editora All Print
  12. Luna Clara e Apolo Onze - Adriana Falcão - Editora Salamandra
  13. Aquele Verão - Sarah Dessen - Editora ID
  14. Mariah Mundi - A caixa de Midas - G.P. Taylor - Editora Paneta Jovem
  15. Tequila Vermelha - Rick Riordan - Editora Record
  16. Antologia Poética - Mário Quintana - L&Pm
  17. O Castelo Animado - Diana Weynne Jones - Editora Galera Records
  18. Confissões de Adolescente - Maria Mariana - Editora Agir
  19. Fazendo Meu Filme 1 - Paula Pimenta - Editora Gutemberg
  20. Ninhonjin - Oscar Nakasato - Editora Benvirá
  21. A Seleção - Kiera Cass - Editora Seguinte
  22. A Culpa é das Estrelas - John Green - Intrínseca
  23. Longe é um lugar que não existe - Richard Bach - Editora Record
  24. A Música que Mudou Minha Vida - Robin Benway - Editora Galera Record
  25. A menina que roubava livros - Markus Zusak - Intrínseca
  26. O Teorema Katherine - John Green - Intrínseca
  27. Histórias Maravilhosas - Truman Capote - Editora Nova Fronteira
  28. As Melhores Histórias da Mitologia Africana - A.S. Franchini e Carmen Seganfredo - Editora Artes e Ofícios
  29. Olhos de Cão Azul - Gabriel García Márquez - Editora Record
  30. Anna e o Beijo Francês - Stephanie Perkins - Editora Novo Conceito
  31. Para Cima e Não Para o Norte - Patrícia Portela - Editora Leya
  32. Como Quase Namorei Robert Pattinson - Carol Sabar - Editora Jangada
  33. A Terra das Sombras - Meg Cabot - Editora Record
  34. A Última Princesa - Fábio Yabu - Editora Galera Record
  35. A Elite - Kiera Cass - Editora Seguinte
  36. Soul Love - À noite o céu é perfeito - Lynda Waterhouse - Editora Melhoramentos
  37. O Arcano Nove - Meg Cabot - Editora Record
  38. Sangue, ossos e manteiga - Gabrielle Hamilton - Editora Rocco
  39. O Livro do Amanhã - Cecelia Ahern - Editora Novo conceito
  40. Jogos Vorazes - Suzanne Collins - Editora Rocco
  41. Toda Poesia - Paulo Leminski - Companhia das Letras
  42. Reunião - Meg Cabot - Editora Record
  43. Cinquenta tons do Senhor Darcy - Emma Thomas - Editora Bertrand Brasil
  44. Comédias para se ler na escola - Luís Fernando Veríssimo - Editora Objetiva
  45. Esperando por você - Susane Colasanti - Editora Nova Conceito
  46. A hora mais sombria - Meg Cabot - Editora Record
  47. Eragon - Cristopher Paolini - Editora Rocco
  48. Assombrado - Meg Cabot - Editora Record
  49. Crepúsculo - Meg Cabot - Editora Record
  50. Feios - Scott Westerfeld - Editora Galera Record
  51. O Clã dos Magos - Trudi Canavan - Editora Nova Conceito
  52. Por isso a gente acabou - Daniel Handler - Companhia das Letras
  53. O Diário de Bridget Jones - Helen Fielding - Editora Record
  54. Sentimento do Mundo - Carlos Drummond de Andrade - Companhia das Letras
  55. Eu Sou o Número Quatro - Pittacus Lore - Editora Intrínseca
  56. Fazendo meu filme 2 -Paula Pimenta - Editora Gutemberg
  57. Sob a Rosa - Diana Peterfreund - Editora Galera Record
  58. Ritos de Primavera - Diana Peterfreund - Editora Galera Record
  59. Orgulho e Preconceito - Jane Austen - Editora  Abril
  60. Como o Grinch Roubou o Natal - Dr. Seuss - Editora Companhia da Letrinhas
  61. Pluft, o fantasminha - Maria Clara Machado - Editora Companhia das Letrinhas
  62. Bridget Jones: no limite da razão -  Helen Fielding - Editora Record