Procurando dentro do blog

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O amor natural

Faltava-me como professora essa experiência com o erotismo drummoniano, por isso criei coragem e adquiri um exemplar de O amor natural. Conto agora minhas impressões do livro para vocês.

Primeira impressão: o sexo move montanhas. Cheguei a essa conclusão porque as pessoas me viam lendo o livro e comentavam sobre ele. E olha que a minha capa era discretíssima, não era essa aí do lado não, era uma edição comemorativa, capa dura azul, nome do livro bem pequeno no centro da capa. Mas as pessoas conhecem o título, leram o livro e comentam seus poemas favoritos, isso em termos de Brasil e impressionante. Acho mesmo. Coisa que só o sexo é capaz de produzir.

Com relação aos poemas, bem, foi uma experiência totalmente nova em termos de Drummond. eu cá com a minha imagem do velho mineirinho tímido de Itabira e ele me vem com odes ao sexo anal e ao 69. Claro que é um eu-lírico, ser fictício, mas como diferenciar? Fiquei bege, Barbie na caixinha. Sou pudica, é o que posso concluir... Quase nem aproveitei a leitura de tão envergonhada que fiquei.

Claro que o livro não é ruim. É Drummond, né? Mas, definitivamente, eu não esperava tanta sinceridade. É pornográfico mesmo. As palavras estão explícitas. As imagens são intensas. É gozo pra lá, clítoris para cá, membro, esperma, enfim... Deixa os Cinquenta Tons de Cinza no chinelo. Deixa mesmo.

Eu não posso dizer que gostei. Passei tanto tempo intimidada pela imagem de Drummond dizendo aquelas coisas que nem aproveitei direito. Além disso, houve uma certa quebra de expectativa, eu esperava algo mais para o humor, como no poema a bunda, que engraçada, e, que seja dita a verdade, tem muito humor nesse livro, mas não é apenas isso.

Na moral, não sou mesmo lá muito fã de erotismo na literatura, mesmo sabendo que ele tem o seu valor e que é um gênero que muita gente curte. Porém, acho que a experiência foi valorosa. Bom, no mínimo, foi uma ótima escolha para o dia do sexo (6/9).

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Três é demais!


A série Garota <3 Garoto de Ali Cronin é extremamente bem recomendada nos blogs por aí. Eu, particularmente, não gostei muito. Achei insípido.

Três é demais é o terceiro volume da série. Eu não li os dois primeiros e nem pretendo. Não que o livro seja uma droga completa, eu apenas não simpatizei com os personagens. Eles me pareceram meio óbvios demais. Totalmente sem graça.

Assim como nas minhas histórias cada um dos livros trata de uma das garotas de um grupo de quatro. A protagonista deste volume é Cass, uma menina filha de um cara que ficou rico, ela é superestudiosa e estressada com as notas e com o que os outros pensam dela.

Cass namora um idiota de marca maior que é capaz de falar do que eles fazem na cama para os amigos e arrotar feito um porco nas situações mais constrangedoras. Todos detestam o cara, mas ela parece não enxergar os defeitos do mané. Além disso, ela ainda está tentando uma vaga em Cambridge e precisa de notas altíssimas para conseguir.

O romance gira em torno desses estresses e humilhações dela. Bem, para completar, um dos amigos dela se declara apaixonado. Cass o despreza. Enfim, problema, problema, problema, crise nervosa, menstruação atrasada, mãe dominadora, namorado mala e beijo que é bom: nada.

Se alguém leu algum desses livros e gostou, por favor, me convença de que estou errada. Porque eu não gostei.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Mariah Mundi - Os diamantes fantasmagóricos

Pessoas queridas, mil desculpas, eu sei que ando uma leseira na escrita esses posts. Como é que pode: uma semana sem dar notícia? Perdões, perdões, perdões... Mas, se a condição me exime, estou exausta. O bicho tá pegando no trabalho e eu ainda estou fazendo um curso à noite, fora outras coisas. O mês de agosto tá mais puxado que o costume. foi malz!!!

Meu tempo de leitura está curtinho e eu não sou dessas pessoas que rendem bem noite afora. Demorei para pegar o ritmo de Mariah Mundi - Os diamantes fantasmagóricos e até agora estou confusa sobre algumas partes, nem tanto por causa da história, mas porque acabei cochilando no meio do processo mesmo.

Este livro é a continuação de Mariah Mundi - A caixa de Midas que eu já resenhei aqui mais no começo do ano e como o primeiro da série também é muito bom. Realmente, não sei como ele não fez esse sucesso todo pegando o rastro dos fãs órfãos de Harry Potter. Não que as histórias sejam semelhantes, na verdade, são totalmente diferentes, mas é um mundo fantástico e um adolescente (para variar: órfão) tentando se encaixar nesse universo de magia.

O mundo de Mariah, todavia, não é completamente mágico, existem apenas algumas criaturas místicas e sobrenaturais como o Kraken e artefatos mágicos como a caixa de Mídas. Aliás, recolher esses artefatos é o trabalho de Mariah, ele e seu padrinho Capitão Charity fazem parte do Departamento de Antiguidades que basicamente procura, localiza e esconde em segurança peças como essas. Claro que onde estão estas relíquias estão também as maiores aventuras e os vilões mais poderosos.

Nesse volume, Capitão Charity comprou o luxuoso hotel Príncipe Regente e tudo parece correr bem até que no meio do baile da meia-noite cinco dos hóspedes mais importantes simplesmente explodem. Além disso, um grandioso navio e seu dono, um milionário para lá de excêntrico, chegam um dia após a confusão. Sacha  e Mariah escapam de um assassino mascarado que se esconde na noite. Enfim, muita coisa acontecendo que parece não ter ligação. A explicação começa a tomar forma através dos diamantes fantasmagóricos, diamantes do tamanho de punhos de homem que são capazes de mostrar a aparência das pessoas na hora de sua morte.

Você já deve imaginar que é ação em cima de ação, não é? Os personagens são incríveis e a história toda é criativa que dói. Vale demais a tentativa de entrar nesse universo de nebulosa escuridão e mistério numa cidadezinha portuária da Inglaterra esquecida de todos onde o absurdo parece acontecer naturalmente. 

Já estou me coçando pelo próximo volume: Mariah Mundi - A Nau dos Insensatos

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Coisas frágeis

Ainda não sei exatamente o que achei da minha primeira experiência com Neil Gaiman. Minhas impressões de Coisas Frágeis variaram entre "não é para tanto" e "caraca, que massa". Mas vou partilhá-las com vocês mesmo assim para que vocês, se foram ler ou já tiverem lido, possam tirar suas próprias conclusões.

Neil Gaiman é um escritor que se destacou inicialmente nos quadrinhos com a série Sandman, que é uma releitura das aventuras de Morpheu, o deus mitológico dos sonhos. Não sou uma grande fã de quadrinhos, tampouco lia a obra, mas a crítica elogia muito esse trabalho. 

Coisas Frágeis é um livro de contos que traduz a maturidade de Gaiman. Pelo menos, ao que me pareceu, este é o estilo dele, este livro diz muito sobre o tipo de coisa que ele pretende deixar de legado para o mundo. E, pode ter certeza, é um legado estranho.

A criatividade é o ponto forte desse autor. Sua capacidade de escrever sobre diferentes universos impressiona. Assim como sua capacidade de interagir com outros textos. Em Coisas Frágeis há contos que se relacionam com Sherlock Holmes, com as Crônicas de Nárnia, com o universo de Matrix... Todos eles muito coerentes. Eu gostei demais desse aspecto da literatura de Gaiman, mesmo quando me faltaram as referências certas. Gosto da possibilidade de interação, de mexer com personagens queridos, de trazer de volta seus universos impossíveis e misturá-los.

Entretanto, várias vezes, senti um exagero desnecessário. Essa coisa de dar dramaticidade demais à cena para que ela vire literatura de alto nível. Como o personagem de um dos contos que mata todos os homens que tiveram a possibilidade de ser o seu pai desconhecido com requintes de crueldade, não tinha nada a ver com o conto esse aspecto da vida dele, mas está lá como um apêndice. Esta impressão de exagero ficou me rondando em alguns textos em que eu pensei assim:  "esse detalhe não precisava". Mas não é nada que desmereça o artista.

Como em todo livro de contos, gostei mais de uns do que de outros, falarei de dois dos meus preferidos. Meus favoritos foram O pássaro-do-sol e Os fatos no caso da partida da senhorita Finch, apesar de que poderia citar pelo menos mais três contos que me chamaram bastante a atenção pela qualidade e potencial criativo.

Em O pássaro-do-sol, vamos acompanhar um grupo exótico de pessoas que se reúne para degustar as comidas mais diferentes do mundo inteiro. Chega um momento que este cube da comida está entediado e lhes é sugerido ir ao Egito comer a ave mais saborosa de todas, o pássaro-do-sol. Esta ave, eles ão sabem, mas trata-se de uma fênix.

Já em  Os fatos no caso da partida da senhorita Finch, acompanharemos um casal que pede a um amigo para fazer companhia para uma visita. A visita, a senhorita Finch, é uma mulher chatíssima que reclama de tudo e não para de falar de trabalho, ela é biogeóloga e sua paixão são os Tigres dente de sabre. Os quatro acabam indo para um espetáculo totalmente esquisito que se passa nos túneis vagos do metrô de Londres. De repente, a Senhorita Finch some. E fica subentendido que ela não era tão chata, apenas não realizara seu maior sonho.

De forma geral, gostei do livro. foi uma experiência bem diferente. Demorei um pouco para engatar a leitura, mas depois que comecei, não foi difícil chegar ao final. Recomendo para aqueles que apreciam o novo e que apostam na modernidade, pois se tem uma coisa que Gaiman se esforça para ser é moderno.

domingo, 18 de agosto de 2013

Minha vida fora de série

Meninos, estou bege com a minha total incapacidade de escrever durante essa semana... So sorry! Mas também, é tanta coisa acontecendo que nem cabe em uma semana. Muita coisa para discutir daqui para frente. É curso on-line, é novidade no trabalho, enfim... Por enquanto, a gente deixa isso para lá.

Olha, passei vários dias dessa semana tentando dar conta do meu primeiro contato com Neil Gaiman, mas ainda não consegui terminar o livro de duzentas páginas, vocês acreditam? Estou perdidinha. Acho que me faltam várias referências para entendê-lo, ou então, eu simplesmente tenho que abrir mão de tentar entender e seguir em frente. Li cem páginas e pretendo terminar as demais esta semana. Depois escrevo a resenha.

Por conta das mil atividades da semana e da minha batalha pessoal com Gaiman, quase não li. Estava preocupada com a atualização do blog. Por isso, ontem, decidi pegar o livro novo da Paula Pimenta que eu tinha comprado. Mesmo com almoço na casa da sogra, faxina aqui em casa e supermercado, deu tempo de ler todinho e agora apresento minha resenha.

A personagem principal desta nova série da Paula se chama Priscila (coincidência, né?) e está com treze anos. Ela acabou de se mudar de São Paulo para BH porque os pais se separaram. Priscila é uma menina ativa, que adora animais e, ao contrário da Fani (de Fazendo meu filme), não tem nada de tímida. Em pouco tempo ela se entrosa com a família e as amigas na nova cidade.

Logo no começo, ela se interessa por um rapaz mais velho que toca guitarra. Eles paqueram e ela cogita dar nele o seu primeiro beijo, porém acaba percebendo que o rapaz é um idiota e desiste. Depois das férias, ela conhece outro cara, que é muito parecido com esse rapaz, mas que é maravilhoso. Ela se apaixona perdidamente e o garoto parece corresponder, só tem um problema, os dois rapazes são irmãos. E aí?

Ainda não terminei de ler a série Fazendo meu filme (o livro 3 tá bem carinho), mas acho que a Paula está bem mais criativa com relação ao enredo nessa segunda série. A protagonista, apesar de ser mais jovem, parece melhor construída do que a Fani. O casal principal é uma gracinha de tão fofo. Uma gracinha infantil, que fique claro! Os treze anos dela totalmente nos convencem e eu achei isso bem legal, afinal, como eu venho reclamando, parece que o nosso mercado editorial não tem mais histórias sem sofrimento e com beijo na boca. O adolescente de hoje está dramático demais, nem tudo precisa ser a luta contra o câncer.

Enfim, adorei. Pode comprar e ler sem medo, pode dar para sua prima, para sua sobrinha...

Eu vou comprar a segunda temporada que saiu faz pouco tempo. Dizem que há um salto no tempo e vamos encontrar a Priscila já mais velha. Acho que vai ser bem legal!

domingo, 11 de agosto de 2013

Will & Will: um nome, um destino


Terminei de ler esse livro agora e já vim logo escrever, embora ainda não saiba dizer exatamente o que eu achei sobre ele...


Com certeza, posso afirmar que é uma história criativa, tanto na forma que foi escrita quanto pelo que trata. 

Will & Will foi escrito numa parceria entre o queridinho dos adolescentes americanos, John Green, autor de A culpa é das estrelas, e o também famoso David Levithan, autor de Nick e Norah, que chegou até a virar filme. Só isso já deveria fazer com que o livro sumisse das livrarias, mas não sei o que acontece, nunca vi ninguém no Brasil comentando esse livro, não alguém que não o tenho lido em inglês.

Bom, tenho minhas suspeitas para explicar o motivo desse "abandono". Primeiro, a parte gráfica do livro. Eu adorei o tom de prata da capa, vai ficar lindo na estante, mas, na verdade, não é uma capa muito atrativa, pois não conseguimos antever nada da história. A única coisa que está em destaque são os nomes dos autores. O que, obviamente, não é o suficiente para atrair todo tipo de leitor.

Além disso, tem a história... E, talvez, o mercado editorial brasileiro seja puritano demais para investir pesado na publicidade numa história que fale sobre relacionamentos homossexuais. O livro não é exclusivamente sobre isso, mas trata sobre isso também. Um livro sobre casais gay para jovens no Brasil me parece demais mesmo. Já achei muito a publicação...

Vamos ao resumo. Will e Will são dois jovens que têm o mesmo nome: Will Grayson. Eles moram em cidades diferentes e têm vidas completamente diferentes. Um dia, pelo acaso do destino, eles se conhecem. Cada autor escreve um Will. Cada capítulo tem um Will diferente como protagonista. Vocês acreditam que tem gente que não consegue perceber isso? Mesmo o segundo Will escrevendo tudo com letra minúscula como se estivesse passando uma mensagem de texto? essa é uma das críticas ao livro... Gente-que-não-sabe-ler-e-reclama-dos-autores. É o problema de tentar ser original...

O Will 1, pelo jeito é escrito por Green, é um rapaz que fala pouco, que prefere não se envolver, meio ranzinza e que tem um melhor amigo para lá de bizarro: Tiny Cooper. Tiny é do time de futebol americano, enorme, de alto e de gordo, e super-mega-ômega gay, gay florzinha mesmo, gay de saltitar pelos corredores da escola, gay a ponto de conseguir financiamento da escola para montar um musical sobre a própria vida. Tiny e Will são amigos desde sempre e Tiny vive colocando Will nas mais fantásticas furadas. Só essa história eu já achei o máximo, afinal, que mal há em héteros e gays como amigos de infância? É um assunto delicado que ninguém quer tocar. Os gays sempre aparecem como amigos de mulheres e isso é uma forma de preconceito.

Já o Will 2 é bem mais chatinho. Ele toma remédios para depressão (seria impossível um livro para essa geração sem pelo menos uma doencinha, não é mesmo?) e está se descobrindo gay. É um chato que não se abre para os amigos e vive reclamando da vida o tempo inteiro. Tudo bem, é uma fase difícil e ele está com raiva de todos. Mesmo assim, ele tem umas tiradas irônicas muito engraçadas. 

Will 2 está apaixonado por um cara da internet e quando vai conhecê-lo, leva um fora e acaba esbarrando em Will Grayson. A partir daí, não posso falar, pois é você que tem que ler. 

Eu gostei e recomendo, principalmente pela originalidade do tema. Se você, entretanto, não consegue nem ler sobre beijo gay que já se coça todinho de preconceito, então, esse livro não é para você.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A probabilidade estatística do amor à primeira vista

Olá, gente!
Mais uma vez aqui para dar conta de um livro... 

Sem mais rodeios, vamos ao que interessa: não gostei de A probabilidade estatística do amor à primeira vista!

O título é maravilhoso e instigante, imaginei a história de um nerd, fofinha e apaixonante com beijo no final, sabe? Coisa bem matemática, bem romance adolescente. Nada a ver!

A capa, então, lindinha! Apaixonei-me por ela. Definitivamente, chama a atenção e dá vontade de comprar.

A premissa é interessante também. A Hadley viaja de avião para Londres para reencontrar o pai, no longo voo de sete horas, ela conhece Oliver e rola um clima. Mas será que esse romance tem chance de acontecer?

Você deve estar se perguntando o porquê de eu não ter gostado desse livro, afinal, falando assim parece ótimo! 

Bom... Seria ótimo se assim o fosse, mas não é. O foco da história não está no romance de Oliver e Hadley, está nos problemas da garota com o pai. Isso mesmo, mais um livro com adolescentes cheios de problemas e poucos beijos na boca. Ai, ai, ai... (suspira!) Como essa geração procura cabelo em ovo para poder sofrer...

No caso da protagonista, o GRANDE problema é o divórcio amigável dos pais. O pai está com uma nova mulher, vive convidando Hadley para passar uns dias com ele em Londres, mas a COITADINHA se sente abandonada. Ainda por cima, para completar o caso da garotinha que não tem com o que sofrer, Hadley defende bravamente a mãe, que aliás, já tem um novo namorado por quem é apaixonada. 

Achei isso um saco! Sem falar que qual é o adolescente que vai querer que os pais permaneçam juntos mesmo sem se amar mais nos dias de hoje? Nã... Fraquinho, fraquinho, fraquinho...

Se ao menos o romance fosse o principal e o lance com o pai ficasse em segundo plano, pode ser que a história fosse melhor. Mas, na verdade, a proporção é mais ou menos essa, para cada cem páginas do romance, dez são sobre o casal e noventa sobre o relacionamento da protagonista com o pai.

Enfim, eu não gostei. Para variar, eu me senti traída pela capa fofa. Caí mais uma vez no conto do adolescente com problemas quando tudo que eu queria era romance água-com-açúcar e beijo na boca.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Trecho de Por onde andei



Bruna Drummond arrepiou os meus cabelos. Ela me deixou de joelhos. Superou toda e qualquer expectativa que eu tivesse com relação a ela. Não sei como seremos nós dois naquele palco, mas começo a pensar que talvez consigamos vencer esta competição. Ela é um furacão.
Chego à academia e logo de cara vejo que Bruna está tendo aulas com o Serginho. Pergunto se tem alguma coisa errada e a atendente me explica que ela decidiu por si mesma ter mais aulas. Aulas normais de Dança de Salão. Eu me senti traído. Como se ela não acreditasse na minha competência. Entretanto, assim que entrou na minha sala na hora do nosso ensaio, veio logo me dizendo:
─ Carlos Eduardo, eu peço desculpas por ontem. Nem te deixei falar. Fui uma péssima aluna e garanto que não costumo ser assim. – Por essa eu não esperava mesmo. Não sei se era verdade o que dizia, ela é uma atriz muito convincente. Mas seus olhos tinham tanta sinceridade que não aguentei sustentar o olhar.
─ Tudo bem, Bruna. Eu sei que foi difícil.
─ Não. – Ele segurou meu rosto. – Presta atenção, garoto. Eu quero me desculpar porque sei que não agi da melhor forma possível com você ontem. – Ela sabe ser convincente. – Mais do que visibilidade, já entendi que você está aqui para ajudar seus amigos desta academia. Sei que você nem precisa de fama, nem de dinheiro. Do jeito que vi você dançando, consigo compreender completamente o motivo de terem te escolhido para essa tarefa. Você é muito talentoso.
─ Obrigado. – Eu não esperava por essa também. Fiquei olhando para os meus pés.
─ No entanto, - ela continuou sem ligar a mínima para a minha timidez – eu não estou no seu mesmo barco. Preciso ganhar esta competição. Minha carreira depende disso. E eu não brinco com minha carreira. – Ela falava muito sério. Bruna me pareceu ter uma força incrível. – Então, olha para mim, Carlos Eduardo. – Não ousei desobedecer. – Estou dizendo que a partir de hoje meu compromisso é total. Vou tentar confiar em você o máximo que conseguir e farei tudo que me for mandado fazer. – Nossa! Para alguém que eu nem imaginava que saberia meu nome, foi uma mudança bastante significativa de atitude.
─ Calma, Bruna. – Consegui responder. – Confiança a gente vai adquirindo com o tempo. – Ela ouvia com atenção. Entendi o que Eleonora havia dito, Bruna é tão determinada quanto eu. – Eu acho que também errei com você. – Tive de admitir. – Como você sabe, não sou professor. Faço coreografias. Participo de competições. Mas nunca trabalhei com alguém iniciante. – Tentei não carregar a palavra iniciante com tons pejorativos, acredito que fracassei nesse intento, pois ela fez uma cara de decepcionada. – Eu deveria ter ido mais devagar. Acho que me empolguei. Também peço desculpas.
─ Sem problema. – Continuava atenta. Os olhos grudados em mim.
─ Além disso, nós precisamos entender que somos parceiros agora caso queiramos vencer esta competição. Para tanto, eu deveria ter baixado a minha guarda e deixado você contribuir com a coreografia. Não fiz isso por orgulho, ou talvez, por inexperiência. Peço desculpas novamente.
Ficamos calados olhando um para o outro sem saber o que fazer direito. Bruna meio que esperava para ver se eu tinha mais algo a dizer. Eu não tinha, então ela falou:
─ Já que é assim, posso lhe mostrar no que eu andei trabalhando ontem?
─ Pode. – Respondi inseguro, com medo do que ela poderia estar aprontando. Será que trouxera uma coreografia nada a ver e iria insistir em usá-la?
─ Vou sambar e quero que você observe o meu rosto, minha expressão corporal, ok?
─ Você sabe sambar? – Ela me olhou com uma cara nada amistosa. Sorri pedindo desculpas, pelo jeito, era óbvio que ela sabia sambar.
Sem um pingo de timidez, Bruna colocou seu Ipod conectado no som a sala. Deu play e de frente para o espelho, como se eu nem estivesse lá, começou a sambar. Pernas esticadas, dedos delicados, bumbum empinado e uma expressão sedutora. Uma sensualidade que em qualquer outro ambiente teria me deixado constrangido, mas ali, naquelas quatro paredes, eu estava seguro. Era dança. E que dança.
Bruna sambava e girava seguindo o ritmo da música, seduzindo seu próprio reflexo na parede, piscando para ela mesma refletida ali. Um exercício que eu tinha tanta dificuldade de fazer e para ela vinha naturalmente.
Era o que eu buscava. Certo. Não havia nada de técnica ainda, mas a imagem era perfeita. Que homem não desejaria Bruna sambando daquele jeito? Um corpo escultural. Um rosto de menina travessa. Uma sensualidade que exalava por todos os poros. Era a música certa para ela. Para nós.
Até a versão que ela escolheu era melhor. Diogo Nogueira e Bruna sambando para o espelho mexeram comigo. Uma sensação de ter encontrado aquilo que procurava se apoderou de mim.
Eu a peguei pela cintura. Comecei a dançar conduzindo-a para o quadrado. Seus olhos dobraram de tamanho grudados nos meus. Estava apreensiva, eu quebrei o trato de somente assisti-la, mas eu precisava aproveitar a oportunidade.
Ela não resistiu à condução Fiz os passos mais simples. Terminamos a música girando um em torno do outro. Bruna sorria para mim. Imagino que compartilhava o que eu também já sabia
─ E aí, o que você achou?
─ Acho que encontrei minha parceira para o Dança das Celebridades. – Sorri e lhe estiquei a mão para o cumprimento. Ela sorriu de volta.
─ E da música?
─ Melhor do que a versão original...

─ Então é essa. – Sorrimos como parceiros pela primeira vez.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Os seis melhores de 2013

Passeando pelos vlogs literários por aí percebi que a galera estava postando sobre os seis melhores livros do ano lidos até agora, resolvi que chegou a minha hora de tentar me desafiar nesse . Gostei de tanta coisa que, com certeza, não é tarefa fácil escolher apenas seis.

Sofrendo, fiz uma lista com dez livros. Depois, com uma dor no coração por excluir maravilhas como A Elite de Kiera Cass e Jogos Vorazes, chegamos aos seis mais. 

Esses aqui, pode comprar sem medo, na minha opinião, valem cada centavo de investimento.

Lola e o garoto da casa ao lado - Stephanie Perkins - Editora Novo Conceito
Um dos melhores livros de menininha que já li na vida. Faço minhas as palavras de John Green ( autor de A culpa é das estrelas), eu quero um filho dessa mulher. O livro é uma fofuríssima. Conta a história de Lola, uma garota descolada que adora figurinos e do seu amor mal resolvido pelo seu vizinho. AMO!

O Castelo Animado - Diana Weynne Jones - Editora Galera Records
Já falei e repito: essa mulher se garante! O Castelo Animado é um desbunde de fantasia!!! É de arrepiar de tão maravilhoso. Essa é a história de Sophie, uma moça com alma de velha. Uma feiticeira lhe lança um feitiço e a transforma numa velha de oitenta anos. Sua única alternativa é buscar a ajuda de um mago cruel ou o perdão da feiticeira. Nessa travessia em busca da solução, ela encontra um castelo viajante que flutua entre as nuvens, dentro dele, uma porção de personagens incríveis e aventuras fascinantes.


Ninhonjin - Oscar Nakasato - Editora Benvirá 
A história da imigração japonesa pelos olhos de uma família simples. Ninhonjin é um livro sucinto e ao mesmo tempo intenso, porque a vida das pessoas como eu e você é intensa. Eu achei belíssimo.

Para Cima e Não Para o Norte - Patrícia Portela - Editora Leya
Lombra das mais loucas que já li. Coisa fina. Tamanha criatividade é até difícil de encontrar, a autora está de parabéns. Além da parte gráfica do livro que é um primor, um capitulo a parte, aorei o conceito. Um homem plano que vie dentro de um livro e desliza entre as palavras. Fantástico e filosófico.

Toda Poesia - Paulo Leminski - Companhia das Letras
Outro fenômeno criativo. Leminski é uma experiência que qualquer leitor deve ter para amar e para xingar. Para achar ridículo e respeitar. Para visitar o cotidiano, o  inusitado e o que está longe de ser lírico e, se conseguir, ver a poesia de todas as coisas.

Ritos de Primavera - Diana Peterfreund - Editora Galera Record

Minha nova paixão, a série Sociedade Secreta. Um jovem adulto que não é mais do mesmo. É diferente. Não é uma história de grandes conquistas, nem de doença e sofrimento como está na moda, são jovens normais com desafios do tamanho dos seus pés, mas, quando você fecha a última página do livo, você fica morrendo de saudades de cada personagem. Imperdível!!!

domingo, 4 de agosto de 2013

Ladrões de Elite

Queridérrimos, eu não sumi. Só aproveitei um cadinho das férias sem blog, na verdade, sem tecnologia. Voltei meio sem ritmo e caí diretinho numa volta às aulas com nova gestão e muita coisa para fazer... Então, esse dias não foram profícuos para a leitura e a escrita. Agora, porém,estou de volta com mais um livrinho: Ladrões de Elite de Ally Carter.

Peguei a dica de leitura de um blog que gosto muito: garota it. Geralmente, gosto das indicações da Pam, procuro pelos livros aos quais ela dá cinco estrelas. Foi lá que me apaixonei por Lola e o Garoto da Casa ao Lado. Mas a minha avaliação desse aqui foi média. Acho que passei da idade...

Vamos para o resumo...

É uma história de detetive as avessas com muita ação. Kat Bishop é filha de um ladrão famoso no universo do roubo de artes. Sua família, aliás, tem tradição nesse negócio e várias regras sobre como agir. Kat não quer mais levar essa vida de ladra e entra para uma escola tradicional com o objetivo de estudar e ser uma profissional honesta. Algo, entretanto, muda o seu destino e atrapalha os planos.

Os quadros pessoais de um perigoso bandido são roubados com uma técnica semelhante a do pai de Kat, tornando-o suspeito. O bandido não pode recorrer a polícia, pois detém os quadros ilegalmente. Então, ameaça Kat, ou ela devolve os quadros em quinze dias ou ele mata o pai dela. Acontece que o pai dela dessa vez é inocente e não faz a menor ideia de com quem estão os quadros.

A partir daí, junto com sua equipe de primos tortos do crime, Kat começa uma busca pela Europa. A única chance do pai é que ela encontre os quadros e os roube novamente.

A premissa é interessante, a leitura é leve e cativante (apesar da preguiça a que estou acometida, consegui terminar). Porém, achei muito Sessão da Tarde, sabe? Grupo de adolescentes tipo galerinha do barulho que vai aprontar na sua telinha... Achei a estrutura da história bem razoável, mas os personagens não são trabalhados corretamente. As coisas simplesmente acontecem e você não entende a motivação deles. Fica no ar um clima de família, mas acho que nem tudo se justifica por esses elos no caso de uma família tão particular quanto a de Kat.

O livro é visivelmente um gancho para uma série. Talvez, nas suas sequências, fique melhor. Porém, apesar da crítica, eu indico. É divertido. Se você é mais jovem, ou simplesmente mais jovem de espírito e curte uma boa Sessão da Tarde, vale o quanto custa (foi baratinho na estante virtual).

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Atualização do desafio Julho/2013

No mês de Junho, facilmente, eu consegui cumprir com a meta. E cheguei à metade do desafio. Acompanhe o que eu já li e resenhei até agora:

  1. As vantagens de ser invisível - Stephen Chbosky - Editora Rocco
  2. Sábado à Noite - Babi Dewet - Editora Évora
  3. Lola e o garoto da casa ao lado - Stephanie Perkins - Editora Novo Conceito
  4. O Herói Perdido - Rick Riordan - Intrínseca
  5. Apaixonada por palavras - Paula Pimenta - Editora Gutenberg
  6. O Filho de Netuno - Rick Riordan - Intrínseca
  7. A marca de uma lágrima - Pedro Bandeira - Editora Moderna
  8. O Guia do mochileiro das galáxias - Douglas Adams - Editora Arqueiro
  9. Rosa e Túmulo - Diana Peterfreund - Editora Galera Record
  10. Contos de amor rasgados - Marina Colasanti - Editora Record
  11. Pobre não tem sorte - Leila Rego - Editora All Print
  12. Luna Clara e Apolo Onze - Adriana Falcão - Editora Salamandra
  13. Aquele Verão - Sarah Dessen - Editora ID
  14. Mariah Mundi - A caixa de Midas - G.P. Taylor - Editora Paneta Jovem
  15. Tequila Vermelha - Rick Riordan - Editora Record
  16. Antologia Poética - Mário Quintana - L&Pm
  17. O Castelo Animado - Diana Weynne Jones - Editora Galera Records
  18. Confissões de Adolescente - Maria Mariana - Editora Agir
  19. Fazendo Meu Filme 1 - Paula Pimenta - Editora Gutemberg
  20. Ninhonjin - Oscar Nakasato - Editora Benvirá
  21. A Seleção - Kiera Cass - Editora Seguinte
  22. A Culpa é das Estrelas - John Green - Intrínseca
  23. Longe é um lugar que não existe - Richard Bach - Editora Record
  24. A Música que Mudou Minha Vida - Robin Benway - Editora Galera Record
  25. A menina que roubava livros - Markus Zusak - Intrínseca
  26. O Teorema Katherine - John Green - Intrínseca
  27. Histórias Maravilhosas - Truman Capote - Editora Nova Fronteira
  28. As Melhores Histórias da Mitologia Africana - A.S. Franchini e Carmen Seganfredo - Editora Artes e Ofícios
  29. Olhos de Cão Azul - Gabriel García Márquez - Editora Record
  30. Anna e o Beijo Francês - Stephanie Perkins - Editora Novo Conceito
  31. Para Cima e Não Para o Norte - Patrícia Portela - Editora Leya
  32. Como Quase Namorei Robert Pattinson - Carol Sabar - Editora Jangada
  33. A Terra das Sombras - Meg Cabot - Editora Record
  34. A Última Princesa - Fábio Yabu - Editora Galera Record
  35. A Elite - Kiera Cass - Editora Seguinte
  36. Soul Love - À noite o céu é perfeito - Lynda Waterhouse - Editora Melhoramentos
  37. O Arcano Nove - Meg Cabot - Editora Record
  38. Sangue, ossos e manteiga - Gabrielle Hamilton - Editora Rocco
  39. O Livro do Amanhã - Cecelia Ahern - Editora Novo conceito
  40. Jogos Vorazes - Suzanne Collins - Editora Rocco
  41. Toda Poesia - Paulo Leminski - Companhia das Letras
  42. Reunião - Meg Cabot - Editora Record
  43. Cinquenta tons do Senhor Darcy - Emma Thomas - Editora Bertrand Brasil
  44. Comédias para se ler na escola - Luís Fernando Veríssimo - Editora Objetiva
  45. Esperando por você - Susane Colasanti - Editora Nova Conceito
  46. A hora mais sombria - Meg Cabot - Editora Record
  47. Eragon - Cristopher Paolini - Editora Rocco
  48. Assombrado - Meg Cabot - Editora Record
  49. Crepúsculo - Meg Cabot - Editora Record
  50. Feios - Scott Westerfeld - Editora Galera Record
  51. O Clã dos Magos - Trudi Canavan - Editora Nova Conceito
  52. Por isso a gente acabou - Daniel Handler - Companhia das Letras
  53. O Diário de Bridget Jones - Helen Fielding - Editora Record
  54. Sentimento do Mundo - Carlos Drummond de Andrade - Companhia das Letras
  55. Eu Sou o Número Quatro - Pittacus Lore - Editora Intrínseca
  56. Fazendo meu filme 2 -Paula Pimenta - Editora Gutemberg
  57. Sob a Rosa - Diana Peterfreund - Editora Galera Record
  58. Ritos de Primavera - Diana Peterfreund - Editora Galera Record
  59. Orgulho e Preconceito - Jane Austen - Editora  Abril
  60. Como o Grinch Roubou o Natal - Dr. Seuss - Editora Companhia da Letrinhas
  61. Pluft, o fantasminha - Maria Clara Machado - Editora Companhia das Letrinhas
  62. Bridget Jones: no limite da razão -  Helen Fielding - Editora Record

domingo, 28 de julho de 2013

5000



Pessoas, 
eu estive viajando. Fui para Pacoti, cidade serrana próxima à Fortaleza. Banho de cachoeira vai, chocolate-quente vem, ausência de internet que preste. Por isso, nada de novidade por aqui nesses dias.... So sorry!

Também não li nada. Ate tentei, mas cada vez que eu pegava no livro era acometida de um sono imediato. Não forcei a barra. Dormi mesmo. Eu mereço. Fiquei só tomando conta do maridão tendo como única preocupação o que comer na próxima refeição.

Mas estou de volta. Vou retomar as leituras. Os posts. E a escrita. Estou aqui em casa com Morte Súbita da JK Rowling e o segundo volume de Mariah Mundi. Ainda não me decidi com qual dos dois começar. Quanta às escritas, bem, acho que vocês já sabem que Por onde andei está até avançadinho e em breve minhas ávidas leitoras terão mais um capítulo dessa história.

Além disso, o post é para agradecer, ainda que de maneira atrasada os 5000 acessos. Adoro esse espaço e ele não faria o menor sentido sem a visita de vocês. BRIGADÃO.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Músicas de Por onde andei

Minhas férias estão sendo salutares para a questão da escrita. Ontem me dei conta de que cheguei à metade do meu novo romance. Os personagens estão apresentados e prontos para mostrar do que são capazes. Espero que vocês venham a gostar deles como eu já estou gostando.

Também já me adaptei ao estilo, que está um pouco diferente. O livro é narrado em primeira pessoa. Isso exige uma sinceridade incrível, sabia? Além de ser confuso. Porque o que está lá não é exatamente o que eu sei, é o que o personagem sabe. E eles se enganam bastante. Então, quando parecer que não está coerente, lembre-se de que os seres humanos nem sempre agem dessa forma.

Para quem ainda não sabe, Por onde andei vai contar a história de Bruna. Bruna é atriz desde criança e está sempre interessada na sua carreira. Essa personagem já foi apresentada em romances anteriores, mas ainda não foi explorada corretamente. Acho que muita gente nem sequer gostou dela e do seu temperamento explosivo. Quero muito convencê-los de que essa moça, como qualquer outra pessoa, tem defeitos e qualidades incríveis.

Bruna está participando de um programa estilo Dança dos Famosos e o seu par é o cara mais inusitado do mundo, um rapaz da sua mesma sala do colégio que mal fala. Ela e Carlos Eduardo são pessoas totalmente diferentes. A única coisa que os une é a determinação para vencer. 

Nesse exato momento, os dois estão medindo forças. Estão aprendendo que as diferenças podem contribuir muito mais até do que as semelhanças. E, quem sabe, ela não se apaixona por um rapaz que é capaz de se preocupar com ela mesmo quando está muito zangado?

Como vocês sabem, meus livros estão permeados de músicas, a começar pelos títulos. Nos livros da Paula Pimenta, há uma lista de músicas para inspirar os momentos. Hoje, resolvi copiar e colocar para vocês aqui as músicas que estão embalando Bruna e Carlos Eduardo.

1 - Por onde andei - Nando Reis
2 - Sou eu - Interpretação do Diogo Nogueira
3 - Laço cor-de-rosa - Celly Campelo
4 - Tentei te esquecer - versão de César Menotti e Fabiano


5 - Right Round - Florida
6 - Hot Dog - Buchecha
7 - Dança Sensual - Mc Koringa
8 - El tango Roxanne - versão instrumental


9 - Confidências - Falamansa
10 - Por um minuto - Bruno e Marrone

Bom, por enquanto é só. Tomara que vocês curtam...


domingo, 21 de julho de 2013

Bridget Jones: no limite da razão


Assim como eu disse que faria, aqui está: terminei de reler Bridget Jones: no limite da razão.

Não sei exatamente qual é a minha cena favorita desse segundo livro. Na primeira vez, com certeza, a nota máxima fica com o garoto nu segurando um coelho na cama de Mark Darcy. Mas, dessa vez, acho que vou dar pontos extras para a entrevista com Colin Firth. Só sei que me diverti novamente horrores com essa inglesa maluquete e meio desligada.

Nesse livro, Bridget e Mark estão bem, conseguem enfrentar as diferenças com certo bom-humor até que a inconveniente Rebeca começa a criar obstáculos entre eles. De repente, depois de vários desencontros e inconvenientes, Bridget se percebe sem namorado, com um emprego miserável, amigas ensandecidas, dívidas no banco e um buraco na parede.

Gosto de muitas coisas sobre essa história. Sem sombra de dúvidas, dou várias gargalhadas. Mas, não se pode negar que por detrás disso tudo há um verdadeiro conhecimento das relações humanas. Todos os personagens dessa obra são reais nos seus defeitos e qualidades. A mãe da Bridget é uma vaca fogosa e desocupada, ao mesmo tempo que demonstra uma preocupação genuína com a filha, tanto que Bridget não hesita em procurá-la. As amigas de Bridget, Jude e Shazze, defendem a solteirice, esculhambam os homens, mas não deixam de sonhar com um cara perfeito e querer casar na igreja. E as pessoas reais são assim: multifacetadas.

Acho, sinceramente, que esse livro demonstra um crescimento de todos os personagens. Meio como nos livros de auto-ajuda que a protagonista tanto gosta. Eles caminham rumo a aceitação, afinal, todos têm defeitos, nem por isso é preciso que falte amor. A lição que fica é a de que devemos aproveitar das pessoas o que elas têm de melhor. Por isso, adoro esse livro.

O casal principal, então, está entre os meus favoritos de todos os tempos. Adoro a forma como Mark Darcy é proativo e ajuda Bridget de tantas as maneiras, mesmo sendo frio, mesmo estando zangado. Assim como adoro o fato de Bridget sempre encarar tudo com o melhor humor possível. Adoro como ela é carinhosa e prestativa com todo mundo. Adoro a forma como ela amolece o coração de Mark com risadas, besteiras e situações inusitadas. Até o ponto em que ele admite que precisa dela.

Acho que relacionamentos devem ser assim, baseados muito mais na tolerância e na forma respeitosa com que se enfrenta as dificuldades diárias do que nesse conceito abstrato de feitos um para o outro. Porque a perfeição, se existisse, não teria mesmo graça nenhuma.

sábado, 20 de julho de 2013

Pluft, o fantasminha

Mais um da linha dos livros infantis. 

Este, por um acaso, é o primeiro título do gênero dramático que eu posto. 

Não costumo ler peças, nem tenho inclinação para atuar a despeito do que muitos dos meus alunos dizem. Mas reconheço que o teatro é uma ferramenta fundamental na construção de leitores. Pois, no palco, o aluno percebe que não basta apenas decodificar o texto, para que ele faça sentido, é preciso dar entonação, associar o texto verbal ao não-verbal. Para tudo isso, nada melhor do que representar.

Maria Clara Machado é mestre na arte de fazer teatro para crianças. Trabalhou a vida inteira com isso. Suas peças são incontáveis vezes montadas Brasil a fora. E sua peça mais famosa é Pluft, o fantasminha.

Pluft é um filhote de fantasma que morre de medo de gente. Um dia, ele tem de enfrentar esse medo. Uma menina é sequestrada por um pirata malvado e ele te de ajudá-la a reencontrar seus amigos.

É um texto curto, com poucos personagens e que exige poucos recursos de palco. Ou seja, excelente para trabalhar na escola. Meus alunos é que se preparem.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Como o Grinch roubou o Natal

Nem ia escrever nada hoje. Afinal, ainda não tinha dado tempo de ler muita coisa desde Orgulho e Preconceito, mas, chegando na casa da minha avó, para onde minhas compras pela internet ainda vão, eis que me deparo com essa maravilha. Não resisti.

Resolvi seguir meu próprio conselho. Passeando pela Estante Virtual no dia do post sobre dicas de leitura para crianças, acabei me deparando com um exemplar acessível deste livro e o comprei. Não me arrependi de jeito nenhum. A edição da Companhia das Letrinhas, selo infantil da Companhia das Letras, está maravilhosa. Além de ser bilíngue, fato que eu desconhecia. Estou encantada.

As ilustrações preciosas são do próprio Dr. Seuss e estão ali para cativar definitivamente aos pequenos. E a mim, que tenho alma de criança. Além disso, houve um belíssimo esforço de tradução que deve ser valorizado. Afinal, apesar de infantil, não é uma obra fácil de traduzir, visto que tudo rima e o autor inventa palavras. Boa parte do lúdico está aí, portanto, é algo que não pode se perder.

Para quem não conhece a história nem o filme que tem o Jim Carey como protagonista, aí vai um resuminho. Grinch é uma criatura malvada que mora numa montanha gelada. Dizem que o seu coração é menor do que deveria ser. Ele detesta o Natal por causa do barulho, por isso resolve roubá-lo com a ajuda do seu cachorro Max. Grinch invade as casas e rouba todos os vestígios da festa. Mesmo assim, os Quem, engraçados habitantes de Quemlândia, celebram o Natal cantando e confraternizando. O que faz com que o Grinch perceba que o Natal é mais do que presentes e ceia.

Vale demais cada centavo pago!!!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Orgulho e preconceito

Minha colega de trabalho, Jeane, vai ficar orgulhosa de mim. Ela e minha irmã partilham desse amor por Jane Austen que até o presente momento me era apenas motivo de curiosidade. Mas...

Finalmente li Orgulho e Preconceito.

Em verdade, eu já conhecia a história toda. Alguns diálogos decorados como: "Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente". Tanto por ser um clássico da literatura bastante discutido, principalmente, em rodas de literatura feminista. Tanto porque o filme é uma gracinha. Imperdível. Além de bastante fiel a obra.

No entanto, acho, como na maioria das vezes, que o livro é melhor. a escrita de Jane Austen recebe da crítica todo o louvor com mérito. Claro, o romance entre Lizzy Bennet e o Senhor Darcy justifica a intenção de ler de toda garota sonhadora, pois é LINDO! Mas os costumes dessa sociedade descrita tão acidamente por Austen constroem um livro a parte, que precisa ser compreendido também.

Os personagens secundários desse romance são um retrato fiel dos valores ingleses do período. Aparências valem muito mais do que atitudes. E, por causa disso, existe uma polidez de tratamento tão extrema que irrita. A impressão que temos é que os ingleses podem te detestar e continuar a fazer mesuras por tempo indeterminado. Enfim, uma falsidade incalculável. Nesse aspecto, meus destaques ficam com a irona do Mr. Bennet, o pai das meninas, um personagem vencido pelos costumes de uma sociedade podre e para o Mr. Collins, primo distante, que a cada vez que se coloca é uma ode a estupidez humana.

Com relação ao casal principal, no livro, o Mr. Darcy é bem mais duro e seco no livro do que no filme. Suas opiniões são mais firmes e muito mais grosseiras. Assim, pelo menos para mim, explica-se porque é tão difícil para Elisabeth perdoá-lo, já que no filme ou ele está calado ou está sendo um fofo. Já Lizzy é bastante inteligente e de moral elevada, suponho que a própria Jane seria assim. Dizem por aí, já li em críticas, que Lizzy Bennet é a mulher mais sexy da literatura. Tomara que seja mesmo, pois tudo que ela apresenta, além de belos olhos, é bom-humor e inteligência. Fico feliz que isso ainda seja sinônimo de sensualidade para alguns. Para mim, é.

Se você não conhece a história, não perca tempo, vá logo atrás: leia ou assista ou os dois. 

Um resuminho (bem difícil de fazer já que a obra tem tantos personagens):

Elisabeth Bennet é a segunda filha de um conjunto de cinco. A mãe está desesperada para casá-las. Um dia, um rico rapaz e seu amigo vão passar o verão na cidade. Jane, irmã de Elisabeth conquista o coração do rapaz com a mesma força que a irmã desagrada o amigo, o orgulhoso Senhor Darcy. O casamento de Jane parece certo, mas algo os afasta, provavelmente conjecturas sociais. Lizzy culpa Darcy. A partir daí, a história se desenvolve para que todo o orgulho e preconceito dos protagonistas no encontro inicial se desfaça.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

RELICÁRIO


Tão logo se mudaram, alguns dos incontáveis amigos dos pais os convidaram a participar das festas da sociedade. Aquela não seria a primeira vez, nem a última, em que ele estaria numa reunião social sem conhecer ninguém. Desde pequeno, participar de eventos assim era mais constante em sua vida do que passeios de bicicleta pelo parque.
Conhecia todo o protocolo, os cumprimentos, os sorrisos, as perguntas. Fazia parte do trabalho ser simpático, estreitar laços, estabelecer relações.  Portanto, sem reclamar, brincava com crianças que nunca mais veria, recebia beijos de senhoras que lhe davam medo e conversava trivialidades com desconhecidos, mesmo com todo o empecilho que a timidez proporcionava. Cumpria o combinado sem reclamação, mas era bem difícil.
O irmão não era tímido. Por isso, havia tempos que não considerava festas como aquela uma tortura. Pelo contrário, anos mais velho do que ele, aproveitava a ocasião para paquerar as garotas mais bonitas sem se preocupar com compromisso.
Carlos Eduardo seguia orientações e contava minutos. Quando menor, se a mãe o deixava brincando com os meninos da sua idade, ficava entre eles até ser resgatado, ainda que aquilo lhe custasse alguns socos e arranhões. Ele foi ensinado a não revidar para que os problemas não chegassem aos ouvidos da anfitriã da vez, provavelmente, a mãe dos novos “amiguinhos”.
Agora, no auge dos seus doze anos, não precisava mais nem correr, nem lutar pela própria sobrevivência com garotos cretinos. O início da adolescência trouxera alguma civilidade para o suplício e ele achava isso ótimo. Usava um terno caro e um sorriso falso. E era apresentado pela mãe. Mas continuava contando os minutos.
─ Que garoto bonito! – A mais nova amiga da mãe passava a mão pela sua bochecha. Examinava-o como se ele fosse um animal exótico. – Parece o ator daquele filme...
─ Esqueceram de mim? – A mãe completou com um sorriso.
─ Isso mesmo. – A mulher continuava a acariciar seu rosto e a encará-lo.
─ Todo mundo diz isso o tempo todo.
Tudo que ele poderia fazer em ocasiões como aquela era sorrir. Responder o que lhe era perguntado. E contar os minutos.
Em casa, quando se comportava como hoje, viria a recompensa. Os pais compreendiam que sua intensa vida social nem sempre era uma opção saudável para os filhos. O esforço da presença nas festas nunca era renegado por eles. Sempre que o convite era irrecusável havia uma negociação. Naquela noite, para Kadu, significava um pote do seu sorvete favorito.
─ Como é o nome dele? – Simplesmente detestava quando alguém perguntava algo sobre ele para sua mãe quando ele mesmo estava ali para responder. Sentia-se um poodle, um hamster ou qualquer outro animal de estimação.
─ Carlos Eduardo. – Respondeu seco antes da mãe poder dizer alguma coisa. Percebendo que agira por impulso e que aquela atitude desagradaria à mãe, tentou consertar sorrindo educadamente.
A mulher a sua frente não pareceu se incomodar com a rispidez. Aparentemente, era uma mulher elegante, a provável dona da casa e da festa. E ele sabia que a pessoa que morasse numa casa daquelas só poderia ser influente e uma importante relação para mãe. Redobrou a intensidade do sorriso.
─ Venha, Carlos Eduardo, eu vou lhe apresentar a minha filha. Ela tem a sua idade. – A dona da casa o puxou pela mão sem cerimônia. Não pôde deixar de achar isso bom, tanto por ela não ter se ofendido, quanto pelo fato de o manter afastado do provável sermão que sua mãe daria se ficassem juntos naquele instante.
Logo ele estava numa sala ampla com um magnífico piano branco ao centro. Nunca tinha visto uma casa com um piano de verdade. Aquela gente deveria ser milionária a pelo menos oito gerações. Ficou fascinado pelo instrumento.
─ Milena, - ela chamou uma menina sentada entre senhoras. Ela respondia educadamente a tudo que perguntavam. Besteiras sobre a escola e o balé. Carlos Eduardo conhecia muito bem aquele tipo de sorriso. O mesmo sorriso dele. – venha cá, querida. Quero lhe apresentar uma pessoa.
Era, sem a menor sombra de dúvida, a menina mais educada que tinha conhecido. Além de linda. Uma boneca de rosa dos pés a cabeça. Seu tom de voz era igual ao de um anjo. Um jeito de andar de bailarina. E luvinhas de seda. Quem usaria luvas de seda nesse calor? Teve a certeza de que estava diante de uma princesa de contos de fada.
A apresentação deles foi a mais formal possível “Como vai?” e “É um prazer conhecê-la”. Muito além da cordialidade dos seus doze anos. Mas, ao se encararem, ele viu. Os olhos daquela menina tinham algo que ele não saberia dizer o que era, um sentimento obscuro. O mais perto que chegava de reconhecer como sendo aquilo era a tristeza. Talvez, a mesma tristeza que ele carregava por esses eventos tediosos. Ela era uma igual.
─ Milena, meu amor, por favor, mostre ao Carlos Eduardo o seu piano. Ele me pareceu bastante interessado.
─ Pois não, mamãe. – A mulher sorriu e os deixou a sós.
Milena abriu a tampa do piano com alguma dificuldade e o chamou para sentar-se junto a ela no banquinho. A vontade de correr os dedos pelas teclas brancas infantilmente o atacou, mas ele conteve o instinto. Ela lhe dava uma aula sobre como a peça teria vindo da Áustria e depois fora reformada para que pudesse enfim chegar às suas mãos delicadas.
─ Foi um presente dos meus pais de aniversário. – Suspirou já cansada.
─ E você toca?
─ Minha mãe me obriga a praticar duas horas por dia. – Ela disse acariciando uma tecla sem tirar som. A sinceridade da declaração o comoveu.
─ Sei como você se sente.
Conversaram sobre vários assuntos naquela noite. Por educação, nenhum dos dois estava liberado para abandonar o parceiro de mesma idade, ambos conheciam as regras. Para ele, aquilo fora totalmente novo. Era ao mesmo tempo uma prisão e um refúgio. Os minutos passaram sem contagem.
Chegando em casa, a mãe lhe ofereceu abraços e elogios. Todas as senhoras da festa ficaram encantadas com a educação das crianças. Ele e Milena tinham sido a sensação. Principalmente, quando a mãe dela a obrigou a tocar algo no piano para os convidados e ele, para não deixá-la sozinha na tarefa de impressionar, se oferecera para dançar com a anfitriã para deleite dos presentes.
─ Kadu, hoje você foi tão gentil que merece não apenas um pote de sorvete, mas dois... – Sua mãe tascava-lhe um beijo na bochecha. Saíra do papel de mulher de sociedade e voltara a ser apenas a sua mãe.

─ Não, mãe. Hoje eu não faço questão de sorvete. - Respondeu e foi para o quarto soltando a gravata devagar. Algo dentro dele o dizia que não merecia o sorvete, não fizera sacrifício nenhum.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Ritos de Primavera

Existe um encantamento que envolve alguns remédios que dão sono ( a quem interessar possa, tomei um remédio para sinusite), pois, hoje, mesmo com o barulho de picaretas na minha janela, nem me incomodei e dormi até um pouco mais tarde. 

Na verdade, duas coisas me derrubaram, o remédio e o fato de que fiquei lendo esse livro aí até depois de duas horas da manhã. Que farra, hein?

Esse é o terceiro volume da série Sociedade Secreta da Diana Peterfreund. E eu estou simplesmente viciada. Não sosseguei enquanto não consegui. Não comprei o volume, nem vou comprar tão cedo. O exemplar mais barato que encontrei girava em torno de R$43,00, usado. E esse dinheiro eu não dou, vou esperar, pacientemente, baratear ou aparecer uma promoção. Ainda assim, existem outras formas de se ler um livro...

O terceiro livro da série é o menos intrigante em termos de mistério. A plot se desenvolve em torno de brincadeiras entre sociedades secretas que são cada vez mais invasivas. Sem medir as consequências, os coveiros da Rosa & Túmulo podem acabar se machucando. Para variar, a bola da vez é a protagonista Amy. Durante uma invasão à sede da sociedade arqui-inimiga, a Cabeça do Dragão, ela se deixa reconhecer e passa a a ser alvo constante dos trotes dentro do campus.

Além disso, eles, os coveiros, partem em férias para uma ilha particular da Rosa & Túmulo em que vários patriarcas se reencontram todos os anos. Todos pensam que terão dias de sossego, mas as peças continuam, cada vez mais perigosas e é preciso parar o invasor/traidor.

Mas, nem de longe, o foco desse livro se concentra na ação, ele é o volume do romance. Além de um revival com o queridíssimo ex, Brandon, e o convívio com o seu irmão de Sociedade, o charmoso e irônico George, Amy estará as voltas com Poe. Infelizmente, não posso me alongar aqui nas explicações de como estou apaixonada por esse coveiro, porque eu provavelmente daria spoilers. Só devo dizer que ele é o tipo de cara que me deixa acordada até depois das duas da manhã. 

Em suma, adorei o livro apesar do pouco mistério. E apesar da tradução que peguei também, que estava péssima. Eu deveria ter lido em inglês mesmo. Com certeza, eu vou comprar a coleção todinha e deixar na minha estante, mais cedo ou mais tarde. Preciso ter o Poe ao alcance das minhas mãos sempre. Recomendo demais e estou quase obrigando as pessoas a lerem.

Contando os segundos pelo último volume.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Eu no youtube


Olha o que andei aprontando hoje...
Criei coragem e fiz um vídeo. Nossa! Não é nada fácil! Meus parabéns para quem consegue...

domingo, 14 de julho de 2013

Sob a Rosa

Para você que está chegando no blog agora, antes de tudo, sinta-se em casa. Bom, aqui, nesse meu espaço, faço duas coisas: apresento textos originais meus e faço resenhas de livros. Hoje, a resenha é sobre o segundo volume da série Sociedade Secreta da Diana Peterfreund. Caso você se interesse, eis o link da resenha do primeiro volume: Rosa e Túmulo.

Ouvi falar maravilhas dessa série antes de começar a ler e, realmente, eu confirmo, vale a pena comprar os exemplares com preços salgadinhos. A história é muito criativa nesse mundo de modinha. Em resumo, a série trata sobre uma sociedade secreta dentro da Universidade Eli, uma das mais conceituadas dos Estados Unidos. A sociedade, de fato, não é tão secreta assim, todo mundo sabe que existe, só não sabe ao certo o que acontece dentro do seu sinistro mausoléu. 

Amy Haskel, estudante de literatura, é convidada a participar e a fazer um juramento de fidelidade à Rosa & Túmulo. Essa sociedade teve grandes representantes, por isso, participar é sinal de influência e sucesso no futuro, uma vez que todos os membros se devem fidelidade e favores. Enfim, é uma rede de intrigas. Quando Amy entra, no primeiro volume dá série, a confusão se estabelece, pois é a primeira vez que a sociedade aceita mulheres. Alguns patriarcas se revoltam.

No segundo volume, o problema é outro. Todos os membros da turma C177 estão muito envolvidos com suas monografias de conclusão de curso e compromissos com a sociedade quando acontece um caso de espionagem. Aqui, faço uma observação, os personagens desse livro são maravilhosos, você se apaixona por todas os membros de Rosa & Túmulo e quer saber mais sobre eles. Como a sociedade secreta escolhe os membros pela influência que podem ter no futuro, o grupo é variadíssimo, vai do bonitão rico ao gênio dos computadores, passando pela estrela do cinema. Adoro saber mais sobre eles a cada livro.

Voltando à plot, parece que alguém está enfurecendo os antigos membros publicando na internet informações secretas que estão guardadas no mausoléu. Não achei difícil descobrir o agente duplo, mas esse não é o foco do livro. Esse grupo precisa estabelecer laços fraternos e calar a boca dos patriarcas enfurecidos, para isso, precisam se entender e se tornar amigos. Ou seja, o livro tem um clima meio Código da Vinci, mas é antes de tudo sobre amizade.

O que eu gosto sobre a série é que os personagens são maravilhosos e os problemas que enfrentam são do tamanho de suas pernas. Amy, ao mesmo tempo que procura uma irmão de sociedade desaparecida, tem que fazer o trabalho de literatura. As citações a grandes teóricos e livros clássicos também deixam o livro mais crível, afinal, trata-se de um monte de menininhos mimados em uma universidade conceituada e cara.

Com certeza, lerei os outros dois volumes. Até porque o cheirinho de romance ficou no ar depois desse volume e eu quero ver que bicho vai dar. Só tenho que esperar a oportunidade, porque o livrinho é caro. Na estante virtual, por enquanto, o terceiro volume está na faia os R$45,00 sem frete.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Fazendo meu filme 2

Tem coisas que deixam o coração da gente leve. Romance Adolescente tem esse poder. Tem mesmo. Quando acaba, dá logo aquela sensação de sopa quente em dia frio, reconforta e faz acreditar na vida. Efeito oposto àquele provocado pelo noticiário local sensacionalista.

Fazendo meu filme 2 é uma gracinha. Aliás, a Paula Pimenta é uma gracinha. Quero muito ser ela quando crescer. Apesar que as diferenças são marcantes. Acho que a Paula escreve muito bem sobre jovens de 16, 17 anos. Os problemas que eles enfrentam são bem críveis. Já eu tenho uma tendência a exagerar, grandes problemas, grandes expectativas. Não sei. Acho que eu ainda me levo muito à sério.

Mas não estamos falando sobre mim. Estamos falando sobre a Fani, a protagonista dessa série. A série tem quatro volumes, eu já resenhei o primeiro, vou deixar o link aqui Fazendo meu filme. A Fani é uma garota que adora cinema, mas nem de longe é cinema de arte, é romance água com açúcar mesmo, o que é bem condizente com sua realidade aliás. Ela é tímida, mas tem muitas amigas, os pais são bacanas, apesar de que a mãe é meio mandona, tem dois irmãos muito diferentes Enfim, ela parece bem entrosada com sua vida em Belo Horizonte. 

No volume anterior, Fani descobre que está apaixonada pelo seu melhor amigo. Só que sua mãe insiste com ela para que faça um intercâmbio na Inglaterra. Fani, assim que começa a se acertar com Leo, tem que partir para um ano na Europa. É este ano que vamos acompanhar no volume dois. A autora, se não me engano, passou por essa experiência de intercâmbio e demonstra conhecimento sobre o assunto, deixando a história bem real, ou seja, os primeiros meses de Fani na Inglaterra são só choradeira, é claro. Depois melhora.

Aos poucos, a protagonista vai percebendo que a vida no Brasil não vai parar por causa dela. E que ela também tem que aproveitar a oportunidade da melhor forma possível. Achei a forma como o relacionamento de Leo e Fani foi tratado interessante, pois eles sabem que, apesar do amor roxo, não dá para negar que a vida continua. Que eles têm todo o tempo do mundo. Fani tem novas experiências, inclusive com um rapaz novo, e cresce um pouco. Ela é bem exagerada como as meninas da idade dela. Tudo vira escândalo. Mas, nessa idade, é assim mesmo.

Nas entrelinhas, percebe-se a opinião da autora sobre as diferenças entre garotas inglesas e brasileiras. Era bem o que eu imaginava, mas Paula fez isso sutilmente. Digamos, para não dar spoiler, que a Europa já está bem avançada em termos de sexualidade adolescente. Eu não ficaria tão chocada, mas nem sou mineira,  nem tão romântica assim também.

Só fiquei na dúvida com o final deste volume do que é que ainda pode estar por vir. Para mim, esgotou o assunto. Tenho minhas dúvidas que essa história vai se esticar tanto que é capaz de partir. Mas, enfim, por enquanto, tudo mil maravilhas, joinha... Indico demais para quem curte o gênero menininha.