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terça-feira, 10 de maio de 2016

Ecopoint

Domingo retrasado (01/05), depois de muita insistência, fomos ao Ecopoint

Para quem não sabe, trata-se de uma fazenda, do tamanho de um quarteirão aproximadamente, no meio de Fortaleza (Na verdade, é na área urbana, mas em um lado periférico da cidade. De onde a gente mora, é uma verdadeira viagem chegar lá.). Nessa fazenda, estão alguns animais em período de readaptação à natureza e outros que não serão mais capazes de voltar e precisam de cuidados, além de animais domesticados como cavalos, patos, coelhos, vacas e cabritos.

O local é um misto de zoológico, fazendinha, espaço de show e área de brincadeira. Tem piscina infantil, arvorismo, parquinho na areia, área para piquenique, restaurante. Além dos animais, que tanto estão em jaulas como, em alguns casos, circulam  livremente, como os patos, cotias e pavões. Tudo bem cuidado, com preço acessível e bom atendimento.

Dos lugares pagos, foi o que achei mais interessante para crianças bem pequenas. Por ser pequeno e não oferecer opções radicais, a estrutura não atrai crianças para muito além dos sete anos, isso favorece a convivência, pois o público é basicamente um bando de pais com filhos pequenos. Além disso, não se espera quase nada em filas, pois sabemos que crianças pequenas mudam de interesse rapidamente. E com tanta coisa para ver, isso não é nem de longe um problema.

Há quem não goste de zoológicos, eu entendo a questão. Eu, porém, sou fascinada por eles. Sei que os bichinhos não merecem ser presos. Entretanto, a maldade no mundo existe. Assim como a ciência. Então, lugares que oferecem refúgio para animais que foram encontrados em péssimas condições, assim como ambientes de estudo para a compreensão do comportamento animal, a meu ver, ainda são necessários. O Ecopoint, pelo que entendi, funciona das duas formas. É possível, por exemplo, marcar visitas escolares durante a semana, com objetivos de aprender sobre os hábitos dos animais e sobre o desenvolvimento das plantas na horta.Excelente opção de visita escolar.

Como nosso objetivo era o lazer, a dinâmica foi diferente. A intenção era chegar por voltas das dez, hora que o parque abre, e sair por volta das quatro ( o parque fecha às cinco) com uma criança exausta e pronta para ir para a cama cedo. Não foi exatamente o que conseguimos.

Para começar, fomos escolher o feriado em que tudo para. Primeiro de maio. Já ficamos na dúvida se ia funcionar. Funcionava. Entretanto, descobrimos que o espaço não tem estacionamento próprio. Usa-se, em geral, o estacionamento do shopping que fica em frente (Shopping Jóquei). Que estava fechado.

Colocamos o carro na rua, com o coração na mão, e entramos. Fila na entrada. Gente enrolada. O público do Ecopoint, por ser uma opção de lazer acessível, às vezes, deixa um pouco a desejar no quesito comportamento, muito barulho, muita sujeira e poucas noções de cidadania, como respeito ao espaço do outro e organização. Enfim, aquele monte de menino correndo, gritando e fazendo o que quer, filho típico de pai que acha natural as crianças se comportarem assim até em público. Mas nada que realmente ofenda. São crianças pequenas no final das contas.

Ao entrar, começamos a achar estranho o comportamento da pequena. Em geral, ela adora bichos, mas estava arredia e com medo, não queria sair do colo. Achávamos que era por causa dos pavões que andavam livremente, ou por causa da multidão (nem era tanta gente assim, mas Bia não está familiarizada com aglomerações). Com muito custo, conseguimos visitar alguns bichos. Ela se encantou pelas onças pintadas e depois alimentou as cabritas. Mas estava com medo até de patos e coelhos. Não queria descer do colo de jeito nenhum.

Bia está numa fase de medos infantis. E essa condição sempre nos divide enquanto pais. Eu tento passar confiança e convencê-la a enfrentar o medo. Meu marido prefere confortá-la e passar a ideia de que sentir medo é natural e que estaremos ali para protegê-la. São duas visões válidas, mas que geram comportamentos antagônicos. O que talvez a deixe confusa. E que talvez nos leve a procurar a ajuda de um profissional. Assunto para depois.

Bia foi com o pai para a piscina infantil (isso mesmo, se a criança for pequena, leve roupa de banho porque alguém vai ter de entrar para acompanhar) e se divertiu bastante. Entretanto, quando saiu da água, estava mole e não quis comer. Esse foi o primeiro alerta que não estava bem. Dei um banho nela. Tem chuveiro nos banheiros. E meu marido fez um prato no self-service. Comida caseira, meio regional, preço razoável para um lugar como esse. Ela não quis. Estava com muito sono. Também não quis o leite. Apenas ficou no meu colo, molinha, molinha. Acabou dormindo.

Coloquei uma toalha no chão, na área do piquenique e ela dormiu. Batia um ventinho gostoso, mas Bia estava com frio. Nós dois almoçamos durante o cochilo, ainda achávamos que fosse sono. Afinal, ela tinha acordado cedo.

13:30h da tarde começam os shows com personagens. Homem-aranha, Galinha Pintadinha, Olaf de Frozen. As crianças adoram. O problema é que o espaço é parcialmente no sol e os pais perdem as estribeiras na tentativa de bater fotos. Além disso, o som que anuncia os personagens é muito alto. Acabamos tirando a Bia de lá. eEla ainda não é mesmo muito fã de personagens, quis ver somente os Minions.

Como ela continuava molinha e sem fome, voltamos para  casa pouco antes das três. Não deu outra, chegamos em casa, ela estava com febre, mais de trinta e oito. Assim que chegamos a diarreia começou. Seis vezes no intervalo de duas horas. Um sufoco que durou até quarta-feira.

Não quero dizer aqui que a pequena ficou doente por causa do parque. Não entendam isso. Gostaria apenas de deixar claro que adorei a experiência, infelizmente, ela não foi completa porque minha filha estava se sentindo mal. Qualquer dia, voltamos.

Para você que não conhece, no mês de maio, tem promoção. R$10,00 a entrada.

Ecopoint
Telefone: (85) 98735-3934
Av. Senador Fernandes Távora, 387 - Jóquei Clube, Fortaleza - CE, 60510-290

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