Eu, sinceramente, acho que deveriam fazer bonequinhos de pelúcia do Veríssimo. Porque, é sério, dá muita vontade de apertar esse fofucho!
Em janeiro deste ano, eu tinha lido Diálogos Impossíveis também dele que o Raphael tinha ganho de amigo secreto. Eu adorei, como, aliás, eu sempre adoro. Comédias para se ler na escola não foi diferente.
Este livro não é inédito. Os textos foram escolhidos por Ana Maria Machado (também escritora) com um propósito, incentivar novos leitores. Ou seja, é um livro feito para ser adotado em escolas. Mas isso está longe de tirar o seu brilho. Os textos são super bem-humorados e, é claro, eu vou usar vários deles nas minhas futuras provas. Meus alunos que se preparem.
Fico sempre impressionada com a capacidade de alguém tão tímido quanto Luís Fernando Veríssimo ter tanto senso de humor. Bom, pelo que eu sei, o cara mal fala. Tenho a impressão de que esse tiozinho fica pelos cantos calados a nos espionar e, no seu mundo próprio, ele recria as situações mais inusitadas para depois as transportar para o papel. Como no conto/crônica em que o filho pergunta se o feminino de sexo é sexa, o pai responde que sexo não tem feminino e começa a confusão porque o menino quer saber se o sexo é igual para homens e mulheres, enfim, uma aula de semântica completa em poucas linhas. O fato é que ele, Veríssimo, sempre consegue me fazer rir muito com coisas absurdamente cotidianas. Situações que poderiam acontecer na minha casa, na sua casa, na casa de qualquer um...
Além de divertidos, os textos de Veríssimo são curtos. Por isso ele é o bam-bam-bam da escola. Hoje em dia, infelizmente, é preciso levar em conta a quantidade de linhas na exposição de textos para alunos, sob o risco de eles fugirem apavorados. Ainda bem que as poucas linhas de Veríssimo parecem não doer tanto.
E temos também a questão da linguagem. Como diz Ana Maria Machado no prefácio, poucos são os escritores que conseguiram colocar no papel tão bem a proposta modernista de uma literatura que mostrasse a nossa realidade de fala aqui no Brasil. Traduzir a fala corriqueira do brasileiro para as linhas não é nem de longe uma tarefa fácil. Nossas pausas, nossos risos, nossa gramática da informalidade. Não basta escrever tal e qual, fica caricato, é preciso adaptar. E o Veríssimo faz isso lindamente. Qualquer diálogo que ele produz poderia estar sendo dito na sua frente em um bar em um boteco aí da sua vizinhança sem mistério nenhum.
Minha admiração por este senhorzinho é imensa. Indico demais todos os textos dele. Espero, sinceramente, que ele continue conosco por muito e muito tempo.
Em janeiro deste ano, eu tinha lido Diálogos Impossíveis também dele que o Raphael tinha ganho de amigo secreto. Eu adorei, como, aliás, eu sempre adoro. Comédias para se ler na escola não foi diferente.
Este livro não é inédito. Os textos foram escolhidos por Ana Maria Machado (também escritora) com um propósito, incentivar novos leitores. Ou seja, é um livro feito para ser adotado em escolas. Mas isso está longe de tirar o seu brilho. Os textos são super bem-humorados e, é claro, eu vou usar vários deles nas minhas futuras provas. Meus alunos que se preparem.
Fico sempre impressionada com a capacidade de alguém tão tímido quanto Luís Fernando Veríssimo ter tanto senso de humor. Bom, pelo que eu sei, o cara mal fala. Tenho a impressão de que esse tiozinho fica pelos cantos calados a nos espionar e, no seu mundo próprio, ele recria as situações mais inusitadas para depois as transportar para o papel. Como no conto/crônica em que o filho pergunta se o feminino de sexo é sexa, o pai responde que sexo não tem feminino e começa a confusão porque o menino quer saber se o sexo é igual para homens e mulheres, enfim, uma aula de semântica completa em poucas linhas. O fato é que ele, Veríssimo, sempre consegue me fazer rir muito com coisas absurdamente cotidianas. Situações que poderiam acontecer na minha casa, na sua casa, na casa de qualquer um...
Além de divertidos, os textos de Veríssimo são curtos. Por isso ele é o bam-bam-bam da escola. Hoje em dia, infelizmente, é preciso levar em conta a quantidade de linhas na exposição de textos para alunos, sob o risco de eles fugirem apavorados. Ainda bem que as poucas linhas de Veríssimo parecem não doer tanto.
E temos também a questão da linguagem. Como diz Ana Maria Machado no prefácio, poucos são os escritores que conseguiram colocar no papel tão bem a proposta modernista de uma literatura que mostrasse a nossa realidade de fala aqui no Brasil. Traduzir a fala corriqueira do brasileiro para as linhas não é nem de longe uma tarefa fácil. Nossas pausas, nossos risos, nossa gramática da informalidade. Não basta escrever tal e qual, fica caricato, é preciso adaptar. E o Veríssimo faz isso lindamente. Qualquer diálogo que ele produz poderia estar sendo dito na sua frente em um bar em um boteco aí da sua vizinhança sem mistério nenhum.
Minha admiração por este senhorzinho é imensa. Indico demais todos os textos dele. Espero, sinceramente, que ele continue conosco por muito e muito tempo.
ele é o cara!
ResponderExcluir