estou aqui de volta. Manter um blog atualizado é mais difícil do que parece. Nessas duas semanas, por exemplo, estava tão absorvida com a tarefa de escrever, lutando contra o tempo, pois é época de férias escolares e a pequena fica sob minha responsabilidade, que simplesmente não consegui. Entretanto, estou bem feliz com o resultado. Terminei o que tinha de fazer e cá estou. Para compensar quem acompanha, pretendo colocar posts para a semana toda.
Hoje vou falar sobre nossa visita ao Zoológico de Fortaleza. Acompanhem aí os prós e contras desse passeio.
Lixeira tem, falta o pessoal aprender a usar |
Localizado próximo ao Banco do Nordeste do Passaré. O Zoológico Sargento Prata foi reaberto no mês passado depois de passar dois anos fechado por falta de uma licença ambiental. Pelo que entendi das minhas pesquisas, foram necessárias adaptações de segurança nas jaulas e compra de material. Soube também que esse espaço não era frequentado por causa da falta de segurança. Realmente, é um espaço bem grande. Os frequentadores antigos disseram que só tinha dois guardas municipais para todo o local. Impossível de evitar assaltos e manter o patrimônio.
Tenho aprendido com as minhas andanças que a melhor solução para evitar o problema da segurança é a ocupação dos espaços públicos. Neste domingo, o zoológico estava cheio. Famílias com crianças. Tinha um aniversário desses no estilo piquenique que estão cada vez mais comuns. E um grupo enorme de escoteiros. Por conta desse público intenso, tinha vendedores de comida, vendedores de brinquedo e um pessoal oferecendo pintura de gesso. Uma festa bem parecida com o que vem acontecendo nas pracinhas de Fortaleza. Achei ótimo. Tanto que nem vi tanta segurança extra assim. Somente funcionários e duas moças da Guarda Municipal de Fortaleza. Mas me senti segura. Claro que não o bastante para deixar uma bolsa guardando o lugar como se pode fazer em vários cantos do mundo, porém, segura nível Brasil.
O ambiente é gratuito e conta com cerca de 140 animais, a imensa maioria da fauna brasileira. De fora mesmo, só a avestruz que foi bem popular aqui no nordeste uns anos atrás. São animais de pequeno porte, muitos deles apreendidos em péssimas condições e que recebem uma segunda chance ali.
Está tudo razoavelmente bem cuidado e dá para ver que os animais estão sendo bem-tratados. Embora, como é possível prever, nem todos se sintam à vontade com a presença de humanos. Além disso, infelizmente, ainda existem pessoas que não compreendem o mal que fazem oferecendo comida aos animais e cheguei a ver uma criança pular a cerca que separa a jaula do público sem que os pais fizessem maiores intervenções. Depois, os acidentes acontecem e a culpa ainda recai nos bichos.
A educação, aliás, como dizia um professor meu da faculdade é um projeto para o ano três mil. Ao mesmo tempo que me alegra o fato de o equipamento público estar repleto de gente trabalhadora e humilde. Pessoas que, definitivamente, merecem o lazer gratuito. Por outro lado, é complicado ver como ainda precisamos caminhar enquanto país em direção à civilidade. Exemplos, havia dezenas de lixeiras no espaço, as pessoas continuavam a fazer seus piqueniques e a deixar seu lixo no chão. além disso, havia gente lavando as mãos e os pés dos filhos no único bebedor disponível. Isso para não pegar a fila para uma pia ao lado do mesmo. Tudo isso me entristece, porque essas crianças estão vendo as atitudes dos seus pais e vão repeti-las um dia, atrasando o processo inteiro.
Peças do Artista plástico Dim: Antonio Jader Pereira dos Santos |
Para nós, entretanto, a experiência foi maravilhosa. A pequena estava empolgada com a ideia do zoológico. Nós tínhamos visitado o Ecopoint e ela não reagiu bem, acredito que porque não estava se sentindo bem no dia, mas ela se lembrava a todo momento dos bichinhos de lá e pensava em reencontrá-los. Demorou a perceber que era um passeio diferente e adorou mesmo assim. Fez questão, inclusive, de levar a sua boneca da Luna, do Show da Luna, porque em um dos episódios a personagem vai a um zoológico para ver fósseis de dinossauro. Procuramos por bastante tempo os fósseis da Luna, foi uma excelente brincadeira.
Nossos animais favoritos foram o tucano, o guaxinim, a coruja e o avestruz. Bia quis ver esses bichinhos mais que uma vez. Ela também brincou no parquinho de areia. Um espaço imenso com vários brinquedos de playground. Alguns do artista plástico Dim Brinquedim. Essa foto eu tirei do site dele, faça uma visita aqui. Mas suas peças estão em vários ambientes voltados para a criança em Fortaleza, como a Praça Luíza Távora. Os brinquedos tinham divisão por tamanho e idade, achei poucos para a quantidade de crianças, mas elas estavam se divertindo em grupo mesmo assim. além disso, algumas delas estavam apenas curtindo toda aquela areia e a sombra das árvores.
Passamos duas horas entre ver os bichos e curtir o parquinho. Depois, achamos que a Bia (e o papai também que carregou esses 14kg para lá e para cá) mereciam um descanso. Optamos por descansar à sombra de uma árvore de frente para uma lagoa que o espaço abriga. É um local que ainda precisa de cuidados, mas a brisa lá estava maravilhosa e o sol de domingo estava fortíssimo. Bia comeu um espetinho de morangos e demos o passeio por encerrado.
Enquanto escrevo esse post, faço pesquisas sobre como, onde, quanto e acabo vendo os comentários das pessoas sobre o lugar. Um reclamam que as jaulas têm grades com as tramas fechadas demais e que isso dificulta a visualização dos animais, outros pedem animais de grande porte e, por fim, gente querendo bichos de outras faunas. Bom, a meu ver, analiso que os bichos que estão lá são acolhidos pelo zoológico, portanto, são da nossa fauna. Segundo, são animais de pequeno porte e que se adaptam (um pouco melhor) a jaulas pequenas. E, por serem pequenos, precisam de tramas fechadas ou podem fugir e se machucar ou machucar as pessoas. Acho que reclamar e pensar deveriam ser duas coisa a andarem sempre juntas, mas não é o que vejo.
Uma reclamação, entretanto, parece fazer bastante sentido. As pessoas acreditam que o equipamento será abandonado novamente após as eleições para prefeito. Na verdade, qualquer um aqui em Fortaleza é testemunha da quantidade do obras que o atual prefeito tem inaugurado. Uma verdadeira maratona. Depois de um mandato bastante insípido, ações como essa parecem suspeitas. Torço que algo assim não aconteça com o zoológico. em primeiro lugar, porque esses bichinhos já precisam dali, não vão mais se adaptar à natureza. em segundo lugar, porque a população tem todo direito de usufruir desses espaços. Fico na torcida que a população se envolva e que ocupe mesmo o lugar, exigindo que ele esteja sempre em condições de receber as famílias para um domingo diferente de entretenimento.
Zoológico Municipal Sargento Prata
Endereço: Rua Prudente Brasil, 685 - Passaré, Fortaleza - CE, 60743-770
E os macacos?
ResponderExcluirTem macacos sim. Quatro. Não me lembro de que tipo. Mas eram pequenos. Minha filha não se interessou por eles. Mas tem sim.
Excluir