Percy Jackson, que saudade que eu tava docê, menino! (Se você é um maníaco que não suporta um spoiler: pare aqui!)
Para mim, este foi um dos melhores livros do Rick Riordan, bastante Percy e nenhuma Annabeth. Não tenho mais 13 anos para me apaixonar por personagens de livro, então, não estamos falando de ciúmes. Só não gosto da Annabeth. Já o Percy é uma gracinha, gente. O cara lembra de ligar para a mãe no meio de uma batalha. Está decretado: Pecy Jackson é um fofo!
Sem querer comparar, mas já comparando, Percy fez valer a pena cada chilique adolescente do Harry Potter. Lembro-me de ler e pensar enquanto lia o quinto livro: que garoto mala esse Harry. Não me leve a mal, acho que JK Rowling é uma escritora quase perfeita (eu a achava perfeita até o livro sete), mas o Harry adolescente é um mala sem alça e sem rodinha. Ele não abaixa a cabeça nunca, não escuta um conselho e não pede desculpas. Mesmo colocando seus amigos em apuros. É um orgulhoso. O Percy não, eventualmente ele até engole um sapo. Sabe que, lutando contra mais fortes, é melhor medir as possibilidades antes de falar besteira. E sempre pede desculpas. Fofo. Fofo. Fofo.
Nesse livro, nós vamos junto com o Percy sem memória para o acampamento Romano. Adorei tudo lá. Tudo. Pensei que Rick Riordan não fosse mais me surpreender com esse lance de divindades, mas surpreendeu. As diferenças entre Grécia e Roma são fantásticas. E dá para ver o historiador Rick Riordan lá, pois ele não elegeu uma cultura para ser melhor que a outra. Apenas apontou as diferenças. E, de fato, não existe isso de cultura melhor do que a outra.
Meu destaque no acampamento romano fica com Octavian, filho de Apolo, que faz previsões lendo entranhas de bichos de pelúcia. No mínimo, inusitado. Octavian é um vilãozinho. Não sei se será um traidor, espero mesmo que não. Mas ele é convincente usando a oratória. E acho importante colocar personagens que resolvam problemas usando palavras. Apenas o poder das palavras.
Passemos para os dois companheiros de aventura de Percy: Hazel e Frank. Primeiro, Hazel Levesque, filha de Plutão, para quem não conhece, esse é outro nome para Hades. Uma coitada, gente. Ô moça para sofrer! Negra de Nova Orleans, em plena década de quarenta, com uma mãezinha xexelenta e um poder de encontrar pelo chão metais e pedras preciosas amaldiçoadas, ela tem uma vida de cão. Pelo menos, foi curta. Mas quando o Mundo Inferior vira uma bodega por conta no sumiço de Tânatos, ela tem uma segunda chance. Para mim, não cheirou, nem fedeu. Dá para aguentar, contanto que ela morra alguma hora.
Já o Frank à Moda da Casa Zhang eu achei um pouquinho demais. Ele é tranquilo e inseguro, tudo bem, e tem um super ponto fraco, mas a família dele parece aquela pizza à moda de pizzaria vagabunda que vem com absolutamente todos os ingredientes que tenham no local. Ele é chinês, grego, romano, filho de Marte, descendente de Netuno, parente de um argonauta e canadense. Só? Não. Ele é metamorfo também. Foi demais para mim. Tomara que ele seja a reencarnação do Sammy da Hazel e morra junto com ela em algum momento. Felizes para sempre nos Elísios.
A única coisa que gostei sobre Frank, foi o fato de ele ser filho de Marte e não ser meramente um caceteiro. Também adoro a Clarisse La Rue, filha de Ares. Bem, eu mesma sou de Áries e, provavelmente, se fosse semideusa, seria dessa casa. Então, foi bom ver Marte/Ares numa forma menos agressiva e mais inteligente.
Continuemos a discutir sobre o livro e sobre a série: sei que para enfrentar os desafios que Riordan preparou é preciso semideuses fortes. Na minha opinião, a ponta fraca dos heróis até agora apresentados, entre gregos e romanos, é a Annabeth, com certeza. Percy e Jason são fodões, Leo, Piper, Hazel e Frank também não deixam a desejar, prefiro acreditar que o sétimo é Nico. O garoto é meio emo, mas é tão poderoso quanto Jason e Percy. Já Annabeth, bem, é melhor ela entrar para o mundo da decoração de interiores.
Já estou esperando o próximo.
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