Procurando dentro do blog

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O Herói Perdido


Sempre que eu leio algo de Rick Riordan, eu me divirto. A Mitologia Grega é um dos meus assuntos favoritos de todos os tempos e a releitura de Riordan é leve e moderna. Apesar de adorar os clássicos, gosto da mistura. Jamais me esquecerei da medusa sendo perseguida pelo seu reflexo no celular de Percy Jackson.
O Herói Perdido faz parte da série que dá sequência a série Percy Jackson e os Olimpianos. Achei que seria complicado continuar já que os semideuses enfrentaram nada mais do que Chronos no fim da série. Mas, até que deu certo e agora eles arranjaram uma vilã mais terrível ainda. Embora eu ainda não saiba o que ela possa querer entre os mortais depois de todo esse tempo. Eu a imaginava uma senhora calminha, sabe? Pelo jeito, está entediada. Fazer o quê?
Nesse livro, não temos o Percy, que está desaparecido. Somos apresentados a novos personagens. O principal é Jason, filho Júpiter. Que perdeu a memória, embora dê para perceber que ele sabe de muita coisa, coisas que serão reveladas ao longo do livro. Gostei dele. Ele já é mais velho e não é tão temperamental como Percy. Ele é disciplinado como um soldado romano. E isso diz muito sobre ele.
Vamos para os dois coadjuvantes de luxo. Primeiro, Piper McLean, descendente de índios americanos, filha de Afrodite e com problemas com o pai famoso. Minha irmã detestou essa personagem, por isso, eu esperava bem menos. Mas, sabe, ela tocou meu coração. Porque seu poder é carisma. Afinal, ela é filha de Afrodite. Bonita e tal... Embora isso não interesse, acho a parte romântica de Riordan fraquinha. E que me perdoem os muito fãs, mas a Anabeth também é chatinha que dói. 
Piper convence as pessoas com suas palavras. E ela nem é convincente. Mesmo assim, consegue o que quer. Minha irmã deve ter detestado isso. Já eu me lembrei das partidas de RPG. Quem escolhe ter carisma alto, sempre se ferra, sabe. Porque o seu colega com força alta, joga um dado e sabe se matou o monstro, ele não tem que provar para o mestre que tem aquela força de verdade. Porém, jogadores com carisma, quando usam das atribuições de seus personagens, têm que inventar desculpas convincentes. Eles têm de fato provar que tem carisma. Não é só jogar um dado. E eu sempre achei isso injusto. (meu personagem tinha carisma alto, e eu não podia simplesmente piscar os olhinhos e conseguir o que queria). Mas a Piper pode, e eu achei digno. Senti-me de alma lavada. Até porque, para compensar, na batalha, ela é uma bocó. Mais atrapalha do que ajuda.
E tem também o Leo Valdez. Filho de Hefesto. Acho que todos aprendemos a amar Beckendorf. E como ele se foi, precisávamos de outro filho de Hefesto. Leo é engraçado para se defender. Sofreu para caramba. Por isso, quando o foco está nele, percebemos que é bem deprê. Ainda não sei se gosto dele. Mas, com certeza, seus poderes são fenomenais. 
Os vilões também me surpreenderam. Medeia, principalmente, como vendedora de um loja de departamento. A história de Medeia é controversa. Ela matou os próprios filhos, é verdade. Mas também não queria que sofressem com o pai o que ela sofrera. Jasão foi péssimo com a coitadinha, sabe? A mitologia tem dessas coisas, nem os deuses nem os heróis são perfeitos. Eles são humanos. E erram. E, outras vezes, são legais. Isso explica também o comportamento de Hera, que muitas vezes é uma chata. Ela atazanou bastante a Anabeth. Porém, ajuda muito esses novos heróis, chegou a ser babá de Leo quando ele era pequeno. E madrinha de Jason e a causa de sua perda de memória.
Enfim, gostei do livro. Riordan é engraçado e criativo. Escreve para jovens de maneira consistente e já convenceu a muitos deles a se interessarem por mitologia. O que, por si só, já é o máximo. Eu recomendo. Aliás, também comprei o Filho de Netuno, o próximo livro da série Os Heróis do Olimpo e vou já já começar a ler...

Nenhum comentário:

Postar um comentário