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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Rosa e Túmulo


Rosa & Túmulo é o primeiro livro dessa série chamada Sociedade Secreta da Diana Peterfreund. Essa autora, por si só, já é digna de menção honrosa. Afinal, não é qualquer uma que escreve livros sobre unicórnios letais que devem ser mortos por virgens que descendem de Alexandre, o Grande. É sério. É uma série grande até, são vários títulos. Olha lá: http://www.dianapeterfreund.com/books (em inglês).
Mas este livro não é sobre unicórnios. Haaaaaaaa.... (Suspiro de decepção)
Em verdade, Rosa & Túmulo é uma daquelas fraternidades de faculdade americana. E a protagonista é convocada a participar, mas fica confusa, dentre outras coisas bizarras, porque esta fraternidade em específico só chamava garotos.
A Rosa & Túmulo é uma sociedade secreta não tão secreta assim, afinal, seus membros, por gerações, são pessoas influentes, políticos, artistas, milionários. Amy, a protagonista, não sabe bem ao certo porque motivo ela foi convocada visto que não se encaixa em nenhum desses padrões. Além disso, para ela é muito esquisito conviver com a importância que algumas pessoas dão às bobagens da fraternidade, como não poder mencionar que é da fraternidade, por exemplo.
Os coveiros, como são chamados os membros, têm centenas de rituais. Nada macabro ou sinistro, mais coisa de gente desocupada, como aperto de mão, batida na porta e códigos secretos. É uma coisa tipo casas do Harry Potter, mas sem magia. Há toda uma mística envolvendo essas pessoas, dizem que eles são capazes de lhe arranjar bons empregos, ou acabar com qualquer chancezinha de conseguir um. Se é verdade, bem, nem a protagonista sabe ao certo o que é verdade e o que é mito.
O lance da fraternidade é bem esquisito, principalmente para nós, brasileiros, que não teremos essa experiência. Enfim, dá bastante trabalho cumprir os rituais e as promessas, além de tomar um tempo da pobre da moça, que para completar, ainda tem um trabalho sobre Guerra e Paz para fazer e um quase-namoradinho para administrar. Amy, que já é meio ansiosa, só falta pirar. E, com todo esse trabalho, de uma hora para outra, a fraternidade decide que não quer mais meninas no grupo. Daí começa o fuá...
 Entretanto, o livro não é somente sobre isso. É sobre fazer parte de algo. Lutar por isso. É sobre não ser a melhor opção, mas ainda assim, merecer fazer parte de algo.
Confesso que até achei legal. Provavelmente lerei os outros. Gostei dos personagens. Eles têm potencial para estórias bem divertidas. Afinal, espero que seja mais uma série sobre amizades do que sobre segredos secretos de sociedades secretas que todo mundo sabe. Uma série sobre jovens talentos americanos se divertindo na universidade.
Nesse aspecto, até a protagonista convence. A autora escreve de maneira divertida, com listinhas estilo Meg Cabot, mas passa bem a ideia de uma universitária engraçada e obcecada por boas notas, ainda que para isso ela tenha de ler de fato Guerra e Paz, ou participar de uma sociedade secreta.

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