Oi, gente, hoje trago para vocês como foi nossa primeira visita ao Beach Park. Eu estava bem apreensiva por causa da idade da pequena e na exposição ao sol, mas acabou sendo maravilhoso. Vou descrever o processo inteiro para vocês.
Bom, nós não levaríamos a Bia ao Beach Park tão cedo. Crianças até um metro não pagam ingresso, mas o adulto sim e custa bem caro (R$195,00). Nós não sabíamos como ela reagiria, o quanto aproveitaria, por isso, a intenção era levá-la quando tivesse mais de cinco anos. Porém, o irmão do Raphael nos deu duas cortesias e achamos que, com alguma preparação, valeria a tentativa.
O Beach Park é (ou era) o maior parque aquático da América Latina. Segundo o Site, são 7.793.000 litros de água. O preço é salgado, mas a estrutura é de primeiro mundo. Já é um programa tradicional aqui no Ceará, além de ser conhecido pelos turistas. Nos seus 30 anos de funcionamento (nem acredito que já tem tudo isso), mudou para caramba. E sempre tenta atender novas demandas.
Quando criança, fui várias vezes ao Beach Park e posso atestar com segurança essas mudanças. "No meu tempo", não havia espaço para crianças pequenas que não sabiam nadar. Eram apenas os toboáguas e a correnteza encantada. Hoje, ao mesmo tempo que os escorregadores estão cada vez mais radicais, as atrações são extremamente diversificadas, há espaços para os idosos que gostam de se estirar nas cadeiras de sol e molhar os pés na piscina com ondas, assim como há uma graduação de atrações para os menores, indo de um espaço que favorece aos que nem andam ainda a tobogãs pequeno para as primeiras descidas dos meninos e meninas de cinco anos. Tudo muito seguro e com a presença mais do que constante de salva-vidas.
Nesse cenário, minha aprendiz de peixe se esbaldou. Devidamente besuntada de protetor solar e protegida pela sua camisetinha de proteção (legal saber que ela não vai passar por uma das piores consequências de um dia de exposição ao sol, as costas queimadas. Essas camisas agora são quase que o padrão, todas as crianças usam), aproveitou demais. Sua atração favorita foi o Acqua Circo. Com seu piso emborrachado e suas lonas que dão uma sombrinha, a meninada corre solta entre esguichos de água que saem absolutamente de todo lugar. A água bate no calcanhar e o risco de afogamento para uma criança que já domina a correria como a Bia é bem pequeno. Foi pura farra.
A segunda opção da Bia foi a Ilha do Tesouro. Esse espaço demandou bem mais atenção, pois o chão não é plano, nem emborrachado. O risco de escorregar é pequeno, porém existem espaços mais fundos e outros mais rasos, em alguns lugares, a água batia no peito da Bia. É para crianças um pouco mais velhas. Ela adorou.
No meio do ano, colocamos a Bia na aula de natação. Vimos claramente o quanto o dinheiro foi bem gasto. Ela já segura a respiração na hora dos mergulhos e se sente super à vontade no ambiente aquático. Ensaia boiar, bater as perninhas e se deslocar sozinha. É, certamente, um investimento que continuaremos a fazer.
Acho a Bia meio medrosa de descer em escorregadores, aproveitei a ocasião e a incentivei a descer em um (bem baixinho) de serpente marinha. Ela precisava subir sozinha, nós não podemos subir. Ela foi, mas bateu a cabeça na descida e ficou receosa de ir de novo. Bom, tudo tem seu tempo.
Também fomos a Arca de Noé que foi a primeira atração voltada para os pequeninos que o Beach Park criou. Assim como a Ilha do Tesouro, o chão é irregular e tem pequenos escorregadores e esguichos no formato de bichinhos. Nesse espaço, às vezes tem shows com personagens e fica meio congestionado, não nos detivemos muito nele.
Com relação a rotina do dia no parque com uma criança pequena, agimos assim:
1) Depois de um café da manhã mais reforçado. Chegamos cedo (10:00), antes das atrações abrirem. A Bia estava numa ansiedade só. Mas foi melhor assim porque não pegamos fila.
2) Alugamos um armário. A parafernália de coisas que um bebê precisa ninguém merece ficar carregando para lá e para cá debaixo de sol. Além do que, precisamos de todas as mãos e atenção possíveis para acompanhá-la nos brinquedos.
3) Tiramos fotos apenas no começo e depois guardamos a câmera. Alguns momentos são para ser vividos. A preocupação com a câmera e o celular atrapalha.
4) O protetor solar foi passado ainda em casa e reaplicado no retorno à piscina. Assim como a fraldinha de piscina. Existem fraldas somente para praia e piscina, elas deixam passar o xixi (muitos pais não sabem disso) e servem para segurar o cocô. São bem mais caras que as normais. Usamos uma quando os brinquedos foram liberados. Na hora da soneca, trocamos por uma normal. Depois, tornamos a usar uma fralda de piscina e, na saída, banho no chuveirão e fralda normal de novo.
5) Ao meio dia, Bia estava esgotada. As atrações abrem por volta das onze. Então, nós a secamos, colocamos uma roupa seca. Deitamos com ela em uma das espreguiçadeiras num local em que o sol não batia e havia certo silêncio.
6) Levamos leite em pó na mamadeira, misturamos com a água mineral (Bia não foi acostumada a tomar leite quente), ela tomou e dormiu.
7) Nesse tempo nós almoçamos. Os preços lá dentro são astronômicos, então, foi só um lanche.
8) Bia dormiu até 15:00 h. Deu até tempo de ir em alguns brinquedos. Eu desci no toboágua azul do Ramobrinká e tomei um banho de balde (libera 1800 litros de água de uma vez) no Acqua Show.
9) Ao acordar, Bia comeu passas e bolachinhas integrais que levei de casa sem problemas. O parque diz que não se deve levar comida. Mas isso, além de ser venda casada e ser considerado crime, é inconveniente, pois as opções de alimentação para crianças não são adequadas. Tem um self-service que é bem cheio o tempo todo, mas a maioria dos quiosques é de churros, hambúrgueres e cachorros-quentes. Vi que vendem as papinhas industrializadas também.
10) Mais uma hora e meia de brincadeira e recolhemos o acampamento, antes do parque fechar e das filas para pagar.
11) Demos um banho no chuveirão nela com água doce, shampoo e sabonete. Esse é o nosso procedimento de praia normal. Já levamos a Bia para casa arrumada, seca e de roupa trocada. Em caso de sono, não precisamos passar pelo chororô de acordá-la.
Não é uma brincadeira barata. Mesmo com as cortesias, entre lanches, souvenires (faço coleção de lápis, eu tinha que comprar uns), estacionamento e armário, foram uns duzentos reais. E, no frigir dos ovos, a Bia brincou nos brinquedos por cerca de duas horas e meia. Ainda assim, foi uma experiência muito gratificante. Saímos os três arrasados, com uma sensação boa de dia bom e de excelentes memórias, planejamos voltar um dia e, o principal, ninguém saiu machucado ou doente, o que muitas vezes acontece por conta de excessos.
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