Semana passada, uma colega de trabalho me pediu emprestado o Até as princesas soltam pum, como sei que crianças não se contentam com pouca coisa, aproveitei e mandei junto o Olívia não quer ser princesa. Segundo a colega, Olivia fez ainda mais sucesso do que as princesas. E não é difícil imaginar o porquê.
A porquinha idealizada por Ian Falconer é incrível. Adora ópera. Pintar. Música. Teatro. Roubas vermelhas e dramáticas. É extremamente ativa e está sempre preocupada em estar fazendo alguma coisa, nem que seja perturbar seu irmão. Olivia é o tipo de criança que é um exercício de paciência para qualquer pai. Exatamente igual a sua.
Gosto das ilustrações que são maravilhosas. Gosto da criatividade e da personalidade forte de Olivia, que não se conforma em ser igual a todo mundo. Mesmo na hora de dormir. Fazer Olivia se conformar em deitar na cama e descansar até o dia seguinte com todas as milhares de coisas que ela poderia estar fazendo é uma árdua tarefa. Quem não conhece essa história? Quem nunca tentou tirar uma criança da brincadeira dizendo que está na hora de dormir?
Mas, acima de tudo, gosto das inúmeras referências eruditas que as obras trazem, colocando cultura como uma coisa cotidiana na vida das crianças. Se as crianças podem achar bonito um pôster das princesas decorando o seu quarto, por que não conhecer Degas, Van Gogh ou Matisse? Olivia mostra que isso é mais do que possível. E acho a iniciativa válida.
Aqui no Brasil, tenho conhecimento de quatro livros da porquinha (mas outros podem ter sido lançados). São eles Olivia, Olivia não que ser princesa, Olivia ajuda no natal e Olivia perdeu seu brinquedo. Em Inglês, são pelo menos dez livros.
Olivia ficou tão famosa que tem um desenho animado em um dos canais relacionados à Disney, embora eu nunca o tenha assistido, pelo que vi no youtube, pareceu-me bem fiel à obra. Além disso, tem um site (em inglês) com várias atividades para fazer com as crianças. Veja clicando aqui.
Recomendo demais. Até os adultos vão amar por conta das belíssimas figuras e das gracinhas exageradas dessa porquinha estilosa. Olivia, apesar de ser menina, é uma leitura que encanta ambos os sexos e é uma boa oportunidade de ensinar igualdade de gêneros para meninos e meninas. Não tem erro, Olivia vai maravilhar os pequenos de três a sete anos.
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