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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Como estamos...




Hoje está chovendo. Isso é uma raridade no Ceará. Existe até certa comoção no facebook por conta da chuva. Poderia fazer o post inteiro sobre isso, mas não. Vou aproveitar o clima gostoso para falar como está meu processo de escrita.
Ontem, estava escrevendo o sexto capítulo do meu terceiro romance. Como vocês sabem, ainda não publiquei nenhum. Continuo na batalha. A divulgação está caminhando, afinal, o blog tem um mês e quase duzentos acessos. Estou feliz com isso. :)
Voltando ao livro, bem, pretendo que ele se chame All Star. Mais uma música do Nando Reis. Todos os três têm nomes de músicas do Nando. Não porque eu seja alucinada pelo artista, gosto dele é óbvio, mas porque acho que o amor descrito nessas canções é um sentimento verdadeiro, real. Elas não falam de princesas e príncipes, falam de gente comum, de amor comum e de como isso é especial mesmo assim. Enfim, as músicas do Nando são minhas inspirações. Gosto de acreditar que somos visitados pelas mesmas musas.
Meu primeiro romance eu chamei de Do seu lado. A primeira vez que o escrevi, eu tinha dezessete anos, mais ele se perdeu junto com um computador. Infelizmente, acontece. Fiquei muito chateada. Anos se passaram e aquela estória não me saía da cabeça. O Vinícios, meu personagem favorito, não me deixava em paz. Eu cresci, fiz faculdade, pós-graduação e ele continuava ali. Aí decidi escrever de novo. E foi bom demais rever todo mundo. Relembrei de cada personagem, apresentei-me a outros. A estória é diferente em vários pontos da original, embora os personagens tenham se mantido quase os mesmos.
Do seu lado trata de certezas. Eu imaginei um adolescente que soubesse exatamente aquilo que queria e que não temesse lutar por isso. Eu escrevi esse cara assim. Acho Vinícios apaixonante. Quem já leu, às vezes, consegue amá-lo até mais do que eu. Meu amor é de mãe, sabe. Mas eu entendo a mulherada, também o considero sedutor com todo aquele carinho, aquele cuidado, aquela dedicação.
         Já a Malu é um extremo oposto. Só dúvidas. Só medo. Ainda não sou sua grande fã. Na minha cabeça, ela ainda precisa provar a que veio. Fazer alguma coisa para merecer aquilo que a vida lhe deu de mão beijada. E isso diz muito sobre o futuro.
         Meu segundo romance eu terminei no comecinho de janeiro. Ainda nem mandei para a Biblioteca Nacional e ainda não foi lido inteiramente por ninguém (embora uma amiga já esteja com uma versão dele no seu computador). Ele se chama Pra você guardei o amor.
         Eu tinha decidido mudar de foco, escrever sobre outros adolescentes, mas foi me dando uma saudade terrível desse pessoal. Principalmente quando minhas amigas, que começaram a ler Do seu lado, comentavam sobre eles. Fiquei até com ciuminho, pois é engraçado quando alguém comenta sobre o seu livro com você, o que eles acharam daquela cena, o que eles entenderam dos personagens. Parece que os personagens estão contando segredos para eles que não contaram para mim. Mesmo nossa amizade sendo ainda mais antiga. É bem esquizofrênico se quer saber.
Em Prá você guardei o amor, vamos entrar num sentimento diferente. Não se trata de um amor de infância. Os dois protagonistas vão ter de descobrir o que é esse negócio que eles sentem um pelo outro. E a tarefa não é fácil. Eles dois são insuportáveis. Achei extremamente bacana ver o quanto Milena e Felipe vão crescendo ao longo da narrativa. O quanto vão abrindo mão das máscaras que carregam. Como acabam mostrando que são tão mais do que aparentam ser, apesar dos seus defeitos.
Sei que a empatia com Vini vai ser sempre maior, mas eu os amo da mesma forma. Como se fossem filhos.
Nesse livro, fiz questão de mostrar um pouco mais do André. Mostrar porque tanta lealdade a um cara que não parece merecê-la. Gente, eu garanto, o André é o máximo. Ele também usa máscaras. Quando elas caírem, você vai se apaixonar por ele tanto quanto eu estou apaixonada.
Você vai conhecer também a Mariana. Ela é tão legal que tive de cortar suas asinhas ou ela tomaria o livro inteiro. É uma ruivinha espaçosa essa menina. Tem muito da minha irmã nela. E acho que é por isso que gosto tanto, tanto, tanto da Mari. Mariana cresce cada vez mais. Acho que é a minha atual melhor amiga. Posso ver a cara dela em todas as cenas que estamos criando, criando juntas.
Mariana é a protagonista de All Star, o terceiro livro que estou escrevendo. Estou de fato postergando o quanto posso essa estória. Nela, você vai ver as pontas soltas que andei deixando nos livros se unindo. Tomara que gostem dos destinos dos personagens. Eu já tenho ideia do que vai acontecer, só não sei ainda como isso vai acontecer.
Afinal, personagens são criaturinhas temperamentais. Tem vida própria. Uma amiga, por exemplo, ficou meio tímida de discutir o livro comigo. Achou ridículo discutir o que ela achava que os personagens pensavam com a autora. Na cabeça dela, eu sabia exatamente o que eles deveriam estar pensando. Ledo engano. Sou tão espectadora quanto ela. Somente ouvi a estória primeiro, mas estou louca para discutir sobre eles. Saber se contam os mesmos segredos para mim e para vocês.

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