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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Eu tô voltando pra casa

Luz acesa
Me espera no portão
Pra você ver
Que eu tô voltando pra casa
E vê! ê! ê! ê! ê!
Que eu tô voltando pra casa
Outra vez...
(Casa - Lulu Santos)

     Em 2013, eu me fiz o desafio de ler cem livros em um ano e criei um blog, como tantos outros, de resenhas. Minha proposta era, além de escrever sobre literatura, canônica ou não, mostrar meu trabalho autoral e meu processo criativo. Se você é novo aqui, não me conhece pessoalmente, ou sabe-se lá que tipo de caminho tortuoso percorreu até chegar a essas mal traçadas linhas, eu escrevo livros, mas não sou famosa.
   Minhas estorinhas são para adolescentes, romances açucarados com muito beijo e com um probleminha típico da fase aqui e ali. Esses personagens brotam na minha cabeça, frutos talvez da convivência com alunos e com o meu próprio passado, e vão me contando suas vidas. São tantos detalhes que eu simplesmente não consigo calá-los em mim. As histórias passam para o papel com uma vontade própria.
     No tempo maravilhoso que estive aqui, partilhei do processo de escrever, como as ideias surgem, as músicas que me inspiravam, trechos dos textos assim que eram elaborados e contos extra que se somavam às histórias principais. Era um trabalho muito gostoso. Isso, é claro, além das resenhas constantes de quem tem um prazo tão curto para ler tanto. Aí eu engravidei.
   Ser mãe é um processo que começa na concepção. Uma incerteza constante que mexe com estruturas cerebrais primitivas. Você desconfia antes mesmo de ser capaz de sentir. E depois da confirmação, a vida muda em definitivo. É médico, é casa, é família, é corpo, é tempo. Gerar uma criança é pensá-la nos mínimos detalhes, para desconstruir tudo isso a cada choro, a cada novidade, a cada gosto. Afinal, apesar de planejado, é outra pessoa com quereres e personalidade. Para além de tudo que se tem que fazer para aprender a ser mãe (pai também que a meu ver é exatamente a mesma coisa), você ainda tem que aprender a ser mãe do seu filho, criatura única. 
      E foi isso que eu fiz de parte de 2013 para cá, aprendi a ser mãe da Beatriz. Ainda dou meus tropeços, mas como ela é uma menina bacana, tenho encontrado um pouco mais de tempo. Consegui concluir minha quarta historinha, estou voltando ao ritmo de leitura. Então, estava na hora de voltar para casa.
     Porém, depois de tanto tempo e de tantos acontecimentos, muita coisa mudou. Dessa forma, meu espaço também precisa mudar. Quero continuar as resenhas, não no mesmo ritmo (eu fazia até três livros por semana), certamente vou mostrar ainda meu trabalho autoral e processo criativo (inclusive, aí do lado tem os links caso você queira comprar um dos meus livros no Clube de Autores), mas quero mostrar coisas novas. Quero fazer resenhas de livros infantis e mostrar atividades para se fazer com crianças, de incentivo à leitura, ou formação de público, ou qualquer outra coisa que compartilhada possa promover conhecimento e bem-estar. E, talvez, eu traga também alguma coisa que faço em sala de aula. Vai que ajuda a algum professor, não é mesmo? Mas não pensei muito sobre isso ainda, preciso amadurecer a ideia.
     Então é isso. Compromisso renovado. Amigos saudosos. Alunos queridos. Visitantes incautos. Sejam todos muito bem-vindos a esta humilde residência. E que os jogos comecem!



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