Procurando dentro do blog

quinta-feira, 28 de março de 2013

Confissões de Adolescente

Eu sei. Eu sei. Esse negócio aqui tá com maior cara de enrolada. Por que?
Bem, porque eu sei que Confissões de Adolescente é um livro, que ele conta na minha lista de 100 livros anuais, mas... Ele é minúsculo. 
São somente 95 páginas de uma leitura facílima. Entretanto, confesso que não resisti. É nostálgico demais para ignorar. Passeando pela Estante Virtual, esbarrei com ele por um precinho inacreditável, comprei-o.

Esse é um livo que eu já tinha lido quando era adolescente. Já na época, não gostei muito. Achei distante da minha realidade. Uns papos que não me interessavam, nem me diziam respeito. É um tipo de livro de contos curtosEra um tal de falar de morte, de transa, de maconha  até do que eu acredito ser uma cena de masturbação ao som de Vinícius de Moraes... Não me identifiquei mesmo. Esperava um toque mais de doçura e fantasia. Fui jogada na realidade.

Lembro-me que foi um estrondoso sucesso. Virou peça, virou seriado de TV. Tanto que agora, ao reler, peguei a quadragésima primeira edição do livro, grande feito para uma obra brasileira.

Talvez, naquela época, a peça fizesse muito mais sentido para mim. Não sei. Adentrar esse mérito é encarar o universo do se... E o se será sempre um mistério. O que posso dizer da releitura é que agora certas coisas fazem mais sentido. Embora eu certamente não concorde com tudo, eu compreendo.

E o que foi mais legal ainda foi a pesquisa que fiz sobre o que as jovens atrizes daquela época da peça andam fazendo hoje. Unindo passado e futuro, achei interessante o texto de Patrícia Perrone. Lá ela diz que era a única atriz da família, que sua mãe e seu pai eram advogados, mas que ela não queria seguir essa carreira, apesar de toda a segurança. Patrícia foi considerada a atriz mais promissora de sua geração. Foi por causa dela que o elenco inicial da peça se desfez ( a moça foi convidada para o elenco da novela Olho no Olho), dando oportunidade a Carolina Dickman e Déborah Secco de atuarem. Tantos anos depois, adivinha o que ela se tornou? Procuradora do Estado do Rio de Janeiro. Irônico.

Sei lá. Isso me fez pensar na menina que um dia quis ser arquiteta e que adorava desenhar. Hoje eu sou tão feliz desse meu jeito. Às vezes, a gente desiste de alguns sonhos nesse processo de crescer, mas só se for em detrimento de outros sonhos ainda maiores. Não sei se é o caso de Patrícia Perrone. Sei que é o meu, não tenho mais a menor vontade de ser arquiteta.

A própria Maria Mariana, autora do livro, o pai diretor de teatro, participou do seriado, com todas as portas abertas na carreira de atriz. Virou mãe em tempo integral. Ela tem cinco filhos em diferentes idades.

É esquisito! Quem vai saber do futuro? Acho que a adolescência é bem isso mesmo. Experimentar caminhos. Mas qual caminho se vai escolher, bem, aí só a maturidade é quem diz....

Para matar a saudade, um bocadinho do seriado...


Nenhum comentário:

Postar um comentário