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domingo, 24 de março de 2013

Tequila Vermelha

É com imensa satisfação que anuncio que terminei de ler Tequila Vermelha de Rick Riordan! Foram 428 páginas de agonia, mas, como não a mal que seja eterno, chegaram ao fim e acho que sem danos permanentes a minha estrutura mental.

Livrinho ruim! Eu deveria ter suspeitado quando o comprei por R$7,00 na Estante Virtual....

Rick Riordan escrevendo para adultos é muito infantil. Muito. E infantil do tipo ruim. Do tipo: não dá para acreditar nisso de jeito nenhum! Bem, explorando melhor a crítica, o estilo de Rick continua o mesmo, muita ação, muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, só que não... Apesar das descrições bem criveis do espaço físico do Texas ( o autor é de lá), o espaço psicológico desses personagens: o chefe de homicídios, o vereador corrupto, o malandro hispânico bem-sucedido, bom, a impressão que me deu é que Rick Riordan não fazia a menor ideia do que é o dia de um cara desses, o que faz com que esses personagens tão possivelmente densos numa obra adulta sejam rasos como um pires de leite que o gato de Tres Navarre deveria tomar.

Considerando o que eu já vi sobre Clint Eastwood, não posso imaginar que o universo proposto por Rick seja divertido como ele mostra em Tequila Vermelha, com pessoas com 9mm nas mãos batendo papo com o investigador indesejável e rindo de suas piadinhas. Posso jurar que, se fosse o Clint que estivesse escrevendo, Jack Tres Navarre duraria umas cinco páginas. O que teria sido bom!

Acho que isso se deve ao fato de Riordan ter cometido o erro mais básico de um escritor: não escreva sobre aquilo que não conhece. Tenho a impressão que Riordan frequentou muito mais o lado branco, retrógrado e acadêmico do Texas do que esse aí que ele fala no livro.

Se mesmo assim você ainda não desistiu de ler, vamos a um micro-resumo da obra: Tres Navarre volta para sua cidade natal depois de dez anos para solucionar o assassinato do pai. Como na Sessão da Tarde, rola muita confusão com essa galerinha do barulho que ele encontra, quanto mais ele mexe no passado, mais gente vai se envolvendo, é máfia, é corrupto, é policial, é mulher casada e até uma ex-namorada. Algumas porradas depois e muitas cenas supostamente de ação, mas que eu achei um saco, ele vai solucionar alguns dos mistérios do passado.

Senti falta de uma profecia. Senti mesmo!

Em todo caso, não podia terminar essa resenha sem falar do personagem principal. Sem dúvida, a pior parte do livro. Nativo-americano, Phd em Literatura e Mestre de Tai Chi. Precisa dizer mais alguma coisa? Ele passa o livro tentando fazer piada, a maior piada é ele mesmo e as suas posições altas de Tai Chi. Sério? Falar de Chi no meio do Texas onde todo mundo anda armado é brincadeira! Brincadeira!

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