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quarta-feira, 6 de abril de 2016

Resposta - Missão Cumprida

Meu aniversário. Não gosto muito dele. Não pela passagem do tempo, mas porque não me traz boas lembranças. Então, nem precisa ficar me parabenizando. Não por isso...

Mas, coincidentemente, não é que termino um dos meus livros na quina dos trinta e quatro anos?
Não deixa de ser um presente.

Não foi um livro fácil. Eu me impressiono como meus personagens simplesmente cresceram. Estão adultos. E os problemas são outros. Tão mais sérios. Tão mais deles. Cada um com os seus próprios dilemas. Suas formas de pensar. É um grande exercício de empatia pensar como agiriam pessoas vivendo situações tão diferentes das que vivi.

Acho que já disse isso. Acho que esse blog fica bem repetitivo de vez em quando. Mas sempre tem gente nova chegando. Essas semanas, por exemplo, Do Seu Lado está passeando por entre as meninas do terceiro ano B. E elas, obviamente, já se apegaram ao Vini. E agora estão conhecendo Felipe. Ainda falam mal do André, vocês acreditam?

Vini que é personagem importante em Resposta. Novamente ele sai do segundo plano e figura entre os personagens principais. Vini precisa seguir adiante. E ele vai. 

Engraçado como Vini já está entranhado em mim. As falas e atitudes dele me vêm naturalmente. Acreditam? É quase como se ele fosse um ser a parte. Ele continua impecável como sempre. Em nenhum momento, existe atitude dele que o desabone. E, ainda assim, não acho que ele seja o cara mais bacana desse livro. Mas a escolha é de vocês...

Dizem por aí que os meus rapazes são incríveis. E eu vou ter de concordar. Cada um deles tem seu mérito. Tem algo de especial. Bom, em Resposta, vou colocar mais duas figuras masculinas sob os holofotes. E vocês vão poder escolher entre mais duas opções: Joaquim e Pedro.

Joaquim é o artista. Sensível e paciente. Ele é o adolescente que os outros personagens vão deixando aos poucos de ser. Intenso e corajoso. Rebelde e comprometido. Uma personalidade bastante particular. Deu trabalho construí-lo. Uma mistura de "na dele" com uma boçalidade típica dos que sabem que são talentosos. Joaquim está sempre disposto a ajudar a garota amada, mas gera expectativas demais em cima dela. E talvez a garota não esteja pronta para corresponder a tanto. 

O que posso dizer agora é que Joaquim trará um pouco das aulas de literatura que tive e dos meus amados professores que me deram os meus óculos cor-de-rosa para usar na hora de entender o mundo. Como eu gostaria que houvessem mais Joaquins nas salas de aula. Garanto que ele vai se misturar com vocês de tal forma que no final do livro, vai ser bem difícil largá-lo.

Já Pedro é o homem que todo mundo um dia já desejou. Sério. Bonitão. Bom pai. Com pitadas divertidas e uma pegada de adulto. Pedro cozinha. Pedro beija muito bem. Pedro não tem mais tempo para muitas atitudes adolescentes. Ao mesmo tempo, é um poço dos mais variados tipos de problemas. Como todo adulto, ele carrega um passado. E, como muitos de nós, ele não sabe o que fazer com ele. Suas atitudes ficam entre o milimetricamente calculado e a precipitação. Pedro é confuso.

Ainda assim, Pedro é o cavaleiro no cavalo branco. Sempre disposto a lutar. Mas nós sabemos que não existem príncipes encantados. E ele nem sempre fará boas escolhas. Entretanto, a maturidade me ensinou que, mais do que aquele que parece acertar sempre, devemos procurar pelo cara que sabe pedir desculpas e merece ser perdoado. E Pedro, definitivamente, é esse tipo de cara.

Bom, ainda vou dar uma última lida de cabo a rabo. Estou pedindo a amigos para me ajudarem com o espanhol. Mas, em breve (espero), vou disponibilizar a cópia impressa. Então, que os jogos comecem...

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