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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Atualizações


Oi gente,
os dias estão intensos, muito trabalho, fim de ano, vestibular, a galera com medinho da recuperação. As vidas dos amigos tomando rumo. Uns tendo filhos. Outros seguindo com suas carreiras. Cheiro de material humano no ar... Tanta coisa ainda por vir...

E eu com dificuldade de dar conta da parte de resenhas do blog. Não me leve a mal. Vou demorar um bocadinho para ler. Ando ocupada demais no trabalho: lendo. Chegar em casa e ler mais não faz bem nem para a mente nem para vista. O mês de novembro, certamente, terá mais resenhas de livros infantis do que de quaisquer outros...

Porém, nem tudo é notícia ruim. Terminei mês passado o meu quarto livro (Por onde Andei) e estranhei o fato de que minhas amigas (e ávidas leitoras) não me deram nenhum feedback. Mandei o livro, maior carinho do mundo, coração na mão e: nada. Sem uma palavrinha sequer. 

Nem Carolina, nem Mônica, nem Bruna, nem Gislania, nem Fabia, nem Mayara... Meu exército do incentivo me deixou na mão.

Estava nervosa sobre esse livro. Ele é diferente dos anteriores. Primeiro, não é em terceira pessoa. Os personagens se dividem na narração. São pontos de vista diferentes sobre as mesmas situações. Criações distintas. Diferentes histórias de vida que se confrontam. 

Foi para lá de difícil escrever assim. Entrar na mente deles...

Além disso, não estaremos mais na turma central. Vini, André, Malu e Mariana quase não são mencionados. E eu sei o quanto todo mundo está apegado a eles. Eu também estou. Então, tenho um desafio a mais, convencer vocês mais uma vez de que existem diferentes formas de amar. Que nem tudo é eterno. E que a perfeição tem várias cores. 

Carlos Eduardo e Bruna foram me convencendo disso muito lentamente. Um amor físico e mais adulto do que os anteriores. Eu não sabia se daria certo, mas fiquei satisfeita com o resultado. Porém, estava na dúvida. Às vezes, a ideia está na sua cabeça, mas não vai para o papel. Por isso, estava ansiosa pela resposta delas.

Bom, entre provas de doutorado, mestrado, concurso, viagem e TCC, ninguém me respondeu. Entendo completamente. Não se sintam obrigadas, meninas. A vida é dura mesmo!

Porém, confesso que foi me dando uma insegurança. Como se estivesse tão ruim que nenhuma delas, por educação, fosse me falar. Nem parece, né, mas nesse assunto sou assim: insegura. Escrever é ficar nu, gente. E eu só fico nua na frente de quem confio. Eu já estava preparada para os "não gostei".

Foi aí que uma aluna me salvou. Todos os anos, novas alunas leem meus livros. O que me dá muito orgulho, para dizer a verdade. Amo de paixão a carinha delas. Afinal, são o meu público. Minha chance de conversar com quem me entende. Com quem gosta dos meus personagens. Estou pensando até em uma mesa redonda. Só para falar de personagens... Qualquer dia, eu marco.

A Lívia, no entanto, nem parece ser dessas meninas que gostam de romances adolescentes, mas, pensando bem, ela deve ser do tipo que lê de tudo, inclusive os romances adolescentes. Ela leu num embalo só os três primeiros. E calhou de eu terminar o último assim que ela acabou a leitura do terceiro. Ela me pediu e mandei o quarto. Coração na mão e já meio decepcionada com minha escrita.

De repente, tô no shopping e ela me manda uma mensagem. Disse que adorou o livro. Que era o melhor até agora. E que se identificou com algumas coisas da história. Nossa! Foi um alívio.

Não tenho a intenção de fazer com que as histórias sejam cada vez melhores. Na minha cabeça, cada par vai surgindo, os contornos de suas peculiaridades vão tomando corpo e, de repente, preciso contar aquela história, mas não tenho em mente que a nova história tenha de ser melhor do que a anterior. O meu livro favorito, por exemplo, continua a ser o terceiro. Mesmo não sendo esse o objetivo, ainda assim, a opinião da Lívia encheu meu coração de alegria, porque Por Onde Andei não é meu favorito, mas é o de alguém. E é isso que me importa, que eu continue a escrever histórias que toquem as pessoas. Muito obrigada, Lívia!

Depois, a Bruna e a Eduarda (outras alunas) também leram a versão impressa. Também estão apaixonadas pelos personagens. E eu recobrei minha confiança em mim mesma. Obrigada, meninas.

Para completar, a Fabia, uma professora e leitora, colega de trabalho, trouxe uma carta de uma de suas alunas (de outra escola) para mim. A garota leu Do Seu Lado. Fiquei feliz com as palavras dessa garota, nem sei o nome dela, não assinou a carta. Primeiro, pelo carinho de escrever. Segundo, porque ela conta uma história muito parecida com a de Malu e conta que quer saber o que acontece depois. Eu espero mesmo que ela goste de tudo mais que eu escreva. Até do que acontecerá com a Malu...

Por fim, são tantas meninas lendo meus livros na escola que isso chamou a atenção do professor de Filosofia. Ele é um cara questionador e muito curioso. Acho que os alunos lendo por vontade própria deve ter mexido com sua curiosidade. Além de, é claro, o fato de saber que uma colega de trabalho escreve. Ele pediu para ler o livro. Eu disse que não faria o estilo dele. Mas emprestei.

Ele ainda não me devolveu. Espero sua resenha. Talvez fique com a falsa impressão de que sou eu naquelas páginas. Já expliquei para vocês que não é. É tudo coisa da minha cabeça mesmo. Isso, entretanto, não interessa, a meu ver, o positivo dessa história é que tem tanta gente lendo e comentando meus livros que sinto até um certo gostinho de como o sucesso deve ser.

Post longo demais. Blog é para isso mesmo. Para escrever o que vai pela cabeça. E hoje eu precisava dizer o que estava sentindo e dizer o quanto estou agradecida por tudo quanto vem acontecendo...

Valeu!

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