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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Minha vida fora de série - Terceira temporada

Meio mundo de gente já resenhou esse livro, como acontece com qualquer um da Paula Pimenta assim que sai, não vou fugir da minha tarefa, uma vez que estava louca para ler também. Mas vou logo avisando: dou spoiler. 

A Paula é a autora do gênero mais vendida no país. Deve, no muito, empatar com a Talita Rebouças. Embora a primeira atinja o público adolescente, enquanto a segunda se concentra mais nos pré-adolescentes.

Teci vários elogios à Paula enquanto lia a série Fazendo Meu Filme, você pode achar algumas resenhas aqui no blog. Tenho a série completa, mas, por conta da minha parada, não resenhei o restante, embora tenha lido todos. Acho a história legal, as personagens secundárias são interessantes e o casal convence. Tem começo, meio e fim. É fofinho. Vale à pena!

Lembro de ter gostado mais ainda de Minha Vida Fora de Série. A personagem principal, Priscila (minha xará), é bem mais pro-ativa. Além disso, ela começa a namorar com treze anos. Achei fofo. Inocente. E é uma coisa que, como autora, ainda não consegui fazer, mas vou tentar um dia. O Rodrigo, par romântico, também me convenceu muito mais. Um sucesso!

O que acontece, nessa terceira temporada (Priscila é viciada em séries, por isso o nome) é que, depois de ler Fazendo Meu Filme, o enredo central desse livro está ficando meio repetitivo. Assim como em Fazendo Meu Filme, o casal principal vai terminar (disse que tinha spoiler) e depois se reencontrar no futuro para um felizes para sempre (isso não acontece nesse livro, mas vai acontecer certamente no próximo). De fato, seria muito sem graça em termos de clímax se esses dois namorassem a vida inteira. O término é previsível. Além de ser descrito na série anterior. O que me matou foi o motivo. De novo o carinha que a garota conheceu em uma viagem? Sério? De novo um reencontro com esse carinha num país distante depois do término? Para mim, isso foi um pecado mortal. Dona Paula perdeu um muito do meu respeito.

Porém, como um todo, gostei do livro. Uma relação com tanto tempo, nesse livro o casal já tem seis anos de namoro, com tantas coisas mudando, é complicada mesmo. E, às vezes, é melhor deixar o outro seguir o seu caminho. Acho que isso a autora conseguiu passar. Outra coisa bacana da história é a interferência das pessoas, como em qualquer relacionamento, sempre tem uma galera azeda que fica torcendo contra pelos motivos mais torpes, assim como um pessoal que acha o casal mais perfeito do mundo, sem imaginar o esforço que o cotidiano demanda. Achei isso bacana também.

Minha parte favorita, no entanto, são as amizades. Tanto Priscila quanto Rodrigo têm amigos. Poucos, muitos, varia de acordo coma personalidade de cada um. E acaba que o livro é sobre se importar com o outro. Amigos que deixamos de lado por conta de um namoro, por conta de uma mudança, por conta de diferença de interesses, se a amizade é verdadeira e a necessidade existe, eles estão ali. Gostei bastante da maneira como os personagens resolvem se reconstruir através desses amigos e interesses deixados para trás.

Gostei também da reviravolta na vida da Priscila, quando ela decide governar novamente a própria vida em função dela mesma. Acho que todo mundo precisa dessa fase egoísta, para cuidar de si, para correr atrás do que quer. Desistir de fazer veterinária foi a cereja do bolo. Inesperado. Refrescante. Um pouco de originalidade na fórmula batida. Porém, para compensar o nível cármico, Dona Paula me vem com o sobrinho com o nome de Rodrigo, ultrapassando todas as barreiras da breguice.

Termino aqui minha resenha. Abração. E lê aí você também, diz se gostou...

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