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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Fim da série

O post só sai na segunda, mas resolvi escrever hoje mesmo, pleno sábado. 

Acabei de terminar um conto da sessão Relicário, o casamento de André e Mariana, caso interesse saber. Deve ser publicado qualquer dia desses. E fui, a medida que escrevia, percebendo que os personagens e seus destinos já foram tomando rumo próprio. Os seus futuros se delineiam aos poucos. Alguns diálogos surgem na minha mente. Decido como vou me posicionar como narradora e autora. Que pontas vou fechar. Que pontas vou deixar abertas de propósito.

E decidi ter esse papinho com vocês sobre o processo que leva aos três livros finais da série Nando. E são três? Você disse que seriam 2. Já mudou de ideia? Não. Estou organizando os contos de Relicário para formar um sétimo livro da série. Exatamente como eles foram publicados aqui. Se você não leu, dá uma olhada aqui. Até agora são doze, mais o do casamento, vamos para treze. Tive a ideia de escrever sobre um encontro entre Eleonora e Gisele, mas não sei se vai para frente. Ainda vou discutir com minhas seguidoras fieis. Mas não está nada definido. Seria o décimo quarto conto. E o último já sei como será, dará fim a uma ponta solta que deixarei no sexto livro. Vou escrevê-lo em breve, mas só publicarei perto do fim da série.

Sobre a ajuda das minhas leitoras, não sei se vocês percebem o quanto ajudam no processo. Ajudam muito. Principalmente com ideias. Eu não tinha a menor intenção de escrever sobre o casamento de Mari e Deco, embora soubesse que ficariam juntos para sempre. Em uma conversa informal, uma amiga disse que adoraria ver os filhos deles. Fiquei sem entender, porque realmente nunca imaginei a Mari mãe. Acredito que não exista nada que a desabone para o papel, só não a vejo dessa maneira maternal. Não hoje. Enfim... Mas daí fiquei com aquilo na cabeça. E cheguei à conclusão que essa vontade de ver os filhos vinha de uma noção de ciclo fechando. Como se os filhos dessa geração pudessem ser amigos como eles são entre si. E a ideia não me desagradou. De alguma forma, vou satisfazer esse desejo, mas de maneira mínima para não ficar brega estilo Harry Potter.

Para atingir esse objetivo, eu precisava passar por cenas que nem esse e nem o próximo livro vão trazer. O casamento de André e Mari está entre essas cenas. Para vocês verem, já começa tudo a ir para o seu devido lugar na minha cabeça. Já decidi, por exemplo, que o sexto livro não terminará no casamento de Vini. Já decidi como se chamarão os filhos de alguns personagens, posso até dizer que haverá um menino chamado Ben e uma menina chamada Paola.

Por isso meninas, comentem, conversem, digam o que gostariam de ver e saber sobre os personagens nessa reta final. Sei que pode ser constrangedor. Se sei. Nessas férias, um amigo meu, garoto, a quem conheço faz mais de dez anos, leu Do Seu Lado. Ele ficou impressionado. Teceu elogios. Mesmo assim, foi difícil agir com naturalidade para mim. É esquisito falar dos meus personagens e reconhecer o que eles levam de mim pelos olhos dos outros. Semelhante coisa aconteceu com uma amiga que disse que chora nos meus livros. Gente. Eu não choro. Já não sou chorona. Quanto mais com meus personagens. Às vezes, tempos depois, leio alguma coisa que escrevi e penso "que fofo" ou "que lindo", como se não tivesse sido eu quem tivesse escrito (acontece, por exemplo, com a primeira declaração de Vini), mas nunca chorei. Fiquei imaginando se essa amiga me achou insensível. Talvez boçal. Mas é só vergonha de reparar como o que escrevo toca as pessoas, quem sabe mais do que toca a mim.

Com relação ao livro cinco, estou numa parte meio morosa do processo. Acabei de escrever um capítulo sobre Pedro e sobre como às vezes contamos mentiras na intenção de dizer as verdades que gostaríamos de viver. Agora estou escrevendo sobre Joaquim e deixando lá todos os elementos para fazer você se apaixonar por ele. Tomara que concordemos sobre as decisões que serão tomadas pelos personagens. Ou, pelo menos, espero que eu consiga convencer você da autenticidade delas. Não está nada fácil. Mas as metáforas estão ajudando a perceber que Taís é uma menina mais intensa do que o que ela mesma percebe de si mesma e que a maturidade dos anos, com certeza, vai deixar vir a tona um furacão de ideias que ela guarda em si.

Ana Maria vai dilacerar meu coração. E eu quero muito que ela consiga ser feliz apesar de tudo. Acho que vou precisar trabalhar melhor em mim o sentido de perdão. E Vinícios, o queridinho de todas vocês, está mudando. Está amadurecendo. Será que gostaremos da pessoa que ele vai se tornar? Acho que sim. É impossível não gostar de Vini.




2 comentários:

  1. Priscila dê um final legal pra Ana Maria, ela merece e para o ex da Mari também, o coitado só sofreu até agora.
    Casamento da Mari e André, finalmente ^^

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