
Mais uma aventura nessa maratona de férias: cinema. Primeira vez da Bia. Primeira vez da Priscila mãe no cinema. Muita tensão envolvida.
Eu, particularmente, adoro cinema. E não estou falando de filme de arte não. Até tenho dificuldades de tratar cinema como arte, na verdade, reconheço o valor de um Clint Eastwood, de um cinema francês, mas, na verdade, por gosto, prefiro um pipocão americano de aventura ou uma comédia romântica bem fofa a uma fotografia premiada ou um filme cabeça. Gosto tanto de cinema que é um refúgio quando me sinto ansiosa. Sempre que passei por momentos de estresse, escondi-me por duas horas numa sala de cinema e o filme me protegeu. Foi assim, por exemplo, no dia que saiu o resultado da seleção de mestrado. Eu estava assistindo a um filme quando meu namorado (atual marido) ligou para avisar da aprovação. São momentos em que esqueço o que sou. Vou, inclusive, sozinha. E adoro essa solidão. Uma sessão de terça à tarde na companhia de si mesma é maravilhosa.

A questão é: quando devemos levar nossos filhos ao cinema pela primeira vez? Vamos combinar que não é um ambiente simpático para os pequeninos. Escuro. Frio. Som alto. Além disso, minha filha, pelo menos, ainda não acompanha uma hora e meia de história bem sentadinha em uma cadeira nem em casa. Sei que é uma coisa que varia de criança para criança, amigos me relatam a capacidade de concentração para assistir a saga toda de Toy Story. Bia acompanha muito bem episódios de vinte a trinta minutos, oscilando entre andar, sentar e dar umas rodadinhas no meio da sala. Por isso, eu estava bem ansiosa com a reação dela. Realmente me preparei para sair no meio do filme se fosse o caso. Não foi necessário.

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Achou a Dory! |
O caso é que fomos e foi surpreendente. Para começo de conversa, fiz como o nosso amigo Daniel Tigre sugere (conheça o Daniel Tigre aqui). Ele diz que " se coisas novas vamos fazer, conversamos sobre como vai ser". Desde a semana passada que eu a preparo psicologicamente para o cinema. Expliquei como era e o que faríamos. assistimos aos trailers e Bia já sentou na cadeira conhecendo os personagens pelo nome. Riu bastante na animação que antecede o filme e quando as luzes realmente apagaram de vez, teve ensaio de choro grande. Coloquei ela no colo. Ofereci um paninho e uma chupeta e ela se conformou a enfrentar o medo.
As crianças estão sempre te ensinando alguma coisa. Achei que a Bia não fosse se concentrar. Que eu tivesse que sair por causa do escuro ou do som. Tanto que fui no dia da promoção para o prejuízo não ser tão grande. Que nada! Acompanhou e entendeu boa parte da história. Tanto que o choro não foi por causa do escuro, ela chorava quando as personagens passavam por situações emotivas fortes. A parte em que Dory se perde dos pais, por exemplo, teve direito a chorinho.
Ela conseguiu ir até o final. Elogiei a coragem. Do meio para o fim, a ansiedade passou e ela até curtiu. Pediu pipoca. Deu risada. Fiquei impressionada. Com ela e com a minha mãe. Que também conseguiu chegar ao final do filme sem dormir. Dona Rosa é conhecida por não terminar os filmes que começa. Pega no sono até num Tarantino. Conseguiu encontrar a Dory. Uma proeza, considerando que o último filme que assistiu no cinema foi Mulan.
Acabou sendo uma experiência bacana. Algo pelo qual tínhamos que passar. Tenho certeza que a próxima vez, com a Bia já um pouquinho mais velha, vai ser ainda mais divertido.
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