Procurando dentro do blog

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Atividade: cinema


Mais uma aventura nessa maratona de férias: cinema. Primeira vez da Bia. Primeira vez da Priscila mãe no cinema. Muita tensão envolvida.

Eu, particularmente, adoro cinema. E não estou falando de filme de arte não. Até tenho dificuldades de tratar cinema como arte, na verdade, reconheço o valor de um Clint Eastwood, de um cinema francês, mas, na verdade, por gosto, prefiro um pipocão americano de aventura ou uma comédia romântica bem fofa a uma fotografia premiada ou um filme cabeça. Gosto tanto de cinema que é um refúgio quando me sinto ansiosa. Sempre que passei por momentos de estresse, escondi-me por duas horas numa sala de cinema e o filme me protegeu. Foi assim, por exemplo, no dia que saiu o resultado da seleção de mestrado. Eu estava assistindo a um filme quando meu namorado (atual marido) ligou para avisar da aprovação. São momentos em que esqueço o que sou. Vou, inclusive, sozinha. E adoro essa solidão. Uma sessão de terça à tarde na companhia de si mesma é maravilhosa.

Quero muito que a Bia goste de filmes também. Do jeito dela, é claro. Lembro bem de ir ao cinema quando era criança. Era um dos nossos programas de férias. A pipoca e a ansiedade. E ainda a propaganda da gelatina Royal com o Bocão: Abra a boca é Royal. Vi no cinema vários filmes dos Trapalhões e da Xuxa como Os Fantasmas Trapalhões de 1987 e Super Xuxa Contra o Baixo Astral de 1988. Sem falar do inesquecível: Uma Escola Atrapalhada de 1990, com Supla e angélica de par romântico (não viu, veja!).

A questão é: quando devemos levar nossos filhos ao cinema pela primeira vez? Vamos combinar que não é um ambiente simpático para os pequeninos. Escuro. Frio. Som alto. Além disso, minha filha, pelo menos, ainda não acompanha uma hora e meia de história bem sentadinha em uma cadeira nem em casa. Sei que é uma coisa que varia de criança para criança, amigos me relatam a capacidade de concentração para assistir a saga toda de Toy Story. Bia acompanha muito bem episódios de vinte a trinta minutos, oscilando entre andar, sentar e dar umas rodadinhas no meio da sala. Por isso, eu estava bem ansiosa com a reação dela. Realmente me preparei para sair no meio do filme se fosse o caso. Não foi necessário.

Cinema é cinema. Uma experiência totalmente diferente. Tem pipoca. Tem cadeira só para ela. Tem outras crianças. Escolhemos "Prourando Dory" por ser um filme de animais, Bia ama animais, mas bem que eu queria um filme mais curto e menos escuro. Sem falar que Pixar é bastante complexo em termos emocionais e as crianças dessa idade têm problemas nas relações com as emoções.Dizem que A Vida Secreta dos Bichos é melhor nesse sentido, não tinha estreado. 

Achou a Dory!
O caso é que fomos e foi surpreendente. Para começo de conversa, fiz como o nosso amigo Daniel Tigre sugere (conheça o Daniel Tigre aqui). Ele diz que " se coisas novas vamos fazer, conversamos sobre como vai ser". Desde a semana passada que eu a preparo psicologicamente para o cinema. Expliquei como era e o que faríamos. assistimos aos trailers e Bia já sentou na cadeira conhecendo os personagens pelo nome. Riu bastante na animação que antecede o filme e quando as luzes realmente apagaram de vez, teve ensaio de choro grande. Coloquei ela no colo. Ofereci um paninho e uma chupeta e ela se conformou a enfrentar o medo.

As crianças estão sempre te ensinando alguma coisa. Achei que a Bia não fosse se concentrar. Que eu tivesse que sair por causa do escuro ou do som. Tanto que fui no dia da promoção para o prejuízo não ser tão grande. Que nada! Acompanhou e entendeu boa parte da história. Tanto que o choro não foi por causa do escuro, ela chorava quando as personagens passavam por situações emotivas fortes. A parte em que Dory se perde dos pais, por exemplo, teve direito a chorinho. 

Ela conseguiu ir até o final. Elogiei a coragem. Do meio para o fim, a ansiedade passou e ela até curtiu. Pediu pipoca. Deu risada. Fiquei impressionada. Com ela e com a minha mãe. Que também conseguiu chegar ao final do filme sem dormir. Dona Rosa é conhecida por não terminar os filmes que começa. Pega no sono até num Tarantino. Conseguiu encontrar a Dory. Uma proeza, considerando que o último filme que assistiu no cinema foi Mulan.

Acabou sendo uma experiência bacana. Algo pelo qual tínhamos que passar. Tenho certeza que a próxima vez, com a Bia já um pouquinho mais velha, vai ser ainda mais divertido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário