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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Eu sou o número quatro

Geralmente não adentro no mundo da ficção científica. Não sou uma grande fã de extraterrestre,  abdução, batalhas interplanetárias, planos de dominação global por causa dos recursos naturais da Terra. Entretanto, tenho lido tantos livros que vale a apena dar uma inovada de vez em quando, até para não ficar cansativo. E, aproveitando aquela promoção da Submarino, comprei esse livro aí por dez reais, sabendo que se fosse ruim o prejuízo não seria assim tão grande.

Não fui com muitas expectativas, admito. Até porque eu á tinha visto a resenha do Gabriel do Cabine Literária que não foi lá muito boa. Fiquei sabendo que esse autor não existe, na verdade, com esse nome Pittacus Lore, eu já imaginava que se tratava de um pseudônimo. Só não sabia que na verdade a série Os Legados de Lorien da qual este livro é o primeiro volume é toda escrita por Ghost Writers. Ou seja, uma pessoa paga para escrever. Na verdade, um cara tem a ideia, mas não é bom com a redação e aí contrata outra pessoa para escrever. No caso dos Legados de Lorien, vários escritores pagos assumirão essa missão até que termine a saga.

Além disso, outra coisa estranha sobre esta série é que ela nasceu com o propósito de virar um campeão de vendas. O autor, ou melhor, o detentor da ideia, chegou à conclusão de que depois dos vampiros, os aliens seriam o próximo bam-bam-bam das livrarias. E começou a trabalhar... Deve ter dado certo, pois o livro foi imediatamente adaptado para os cinemas tendo Spilberg e Michael Bay como  diretores.

Talvez isso desanime vocês, mas eu achei interessante. Acho que muitas coisas hoje em dia são feitas com o único intuito de vender, achei bonito pelo menos assumir e tentar fazer um trabalho bem feito. Ainda que o objetivo seja o dinheiro. E quem não tem esse objetivo, não é mesmo?

Bom, o livro é interessante e a escrita é facilitada, ou seja, você lê sem o menor esforço de vocabulário. Apesar de uma derrapada aqui e ali, muito por conta do exagero dos superpoderes e do peito de aço do protagonista apaixonado, a historinha é envolvente com vários ganchos para os próximos volumes como os best-sellers devem ser. Não está entre minhas leituras favoritas, mas, com certeza, dá para ler.   Para mim, está na média.

Em Eu sou o número quatro vamos conhecer "John Smith", um alien que junto com mais oito crianças e seus respectivos guardiões, escapou da destruição de seu planeta natal: Lorien. A meninada vem para a Terra fugindo dos mogadorianos, raça que destruiu Lorien e pretende destruir a Terra também. Esses meninos estão se preparando em diversos cantos do mundo para lutarem contra seus inimigos e retornarem para casa. Mas, por enquanto, são caçados, pois ainda não desenvolveram seus poderes. Existe um feitiço que os protege também. Eles foram ordenados de um a nove e só podem ser mortos nessa ordem.

John Smith e seu guardião Henri, na verdade, não têm esses nomes. Eles trocam de identidade várias vezes enquanto se escondem e treinam buscando informações sobre os outros que estão espalhados pelo planeta. O número quatro sabe quando as outras crianças antes dele são mortas e acorda assustado quando percebe que é o próximo da lista. Seus cuidados redobram, mas ele está cansado de fugir, quer viver uma vida normal. Por isso, insiste em permanecer em Paradise, Ohio, onde faz amizade com Sam e começa a namorar Sarah e é lá que toda a ação acontece.

Ação, aliás, é a palavra-chave deste livro. Tem sempre algo acontecendo e as batalhas são movimentadas. Não gostei muito do romance. Quando a mocinha descobre que está namorando um alien, ela nem se incomoda. Mas a Bella também não se incomodou de namorar um vampiro, então, acho que isso é parte da fórmula de sucesso que vende, né? Eu não gosto, mas vai que você gosta.

Um comentário:

  1. eu vi o filme! até q gostei.. mas sempre os livros são melhores q os filmes.. vai entrar na minha lista de livros...

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