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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Orgulho e preconceito

Minha colega de trabalho, Jeane, vai ficar orgulhosa de mim. Ela e minha irmã partilham desse amor por Jane Austen que até o presente momento me era apenas motivo de curiosidade. Mas...

Finalmente li Orgulho e Preconceito.

Em verdade, eu já conhecia a história toda. Alguns diálogos decorados como: "Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente". Tanto por ser um clássico da literatura bastante discutido, principalmente, em rodas de literatura feminista. Tanto porque o filme é uma gracinha. Imperdível. Além de bastante fiel a obra.

No entanto, acho, como na maioria das vezes, que o livro é melhor. a escrita de Jane Austen recebe da crítica todo o louvor com mérito. Claro, o romance entre Lizzy Bennet e o Senhor Darcy justifica a intenção de ler de toda garota sonhadora, pois é LINDO! Mas os costumes dessa sociedade descrita tão acidamente por Austen constroem um livro a parte, que precisa ser compreendido também.

Os personagens secundários desse romance são um retrato fiel dos valores ingleses do período. Aparências valem muito mais do que atitudes. E, por causa disso, existe uma polidez de tratamento tão extrema que irrita. A impressão que temos é que os ingleses podem te detestar e continuar a fazer mesuras por tempo indeterminado. Enfim, uma falsidade incalculável. Nesse aspecto, meus destaques ficam com a irona do Mr. Bennet, o pai das meninas, um personagem vencido pelos costumes de uma sociedade podre e para o Mr. Collins, primo distante, que a cada vez que se coloca é uma ode a estupidez humana.

Com relação ao casal principal, no livro, o Mr. Darcy é bem mais duro e seco no livro do que no filme. Suas opiniões são mais firmes e muito mais grosseiras. Assim, pelo menos para mim, explica-se porque é tão difícil para Elisabeth perdoá-lo, já que no filme ou ele está calado ou está sendo um fofo. Já Lizzy é bastante inteligente e de moral elevada, suponho que a própria Jane seria assim. Dizem por aí, já li em críticas, que Lizzy Bennet é a mulher mais sexy da literatura. Tomara que seja mesmo, pois tudo que ela apresenta, além de belos olhos, é bom-humor e inteligência. Fico feliz que isso ainda seja sinônimo de sensualidade para alguns. Para mim, é.

Se você não conhece a história, não perca tempo, vá logo atrás: leia ou assista ou os dois. 

Um resuminho (bem difícil de fazer já que a obra tem tantos personagens):

Elisabeth Bennet é a segunda filha de um conjunto de cinco. A mãe está desesperada para casá-las. Um dia, um rico rapaz e seu amigo vão passar o verão na cidade. Jane, irmã de Elisabeth conquista o coração do rapaz com a mesma força que a irmã desagrada o amigo, o orgulhoso Senhor Darcy. O casamento de Jane parece certo, mas algo os afasta, provavelmente conjecturas sociais. Lizzy culpa Darcy. A partir daí, a história se desenvolve para que todo o orgulho e preconceito dos protagonistas no encontro inicial se desfaça.

Um comentário:

  1. Estou orgulhosa mesmo... agora você já pode se aventurar em "Ema" ou "Persuasão".

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