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sábado, 11 de maio de 2013

Como quase namorei Robert Pattinson

Fica sempre um clima de satisfação no ar quando a gente termina de ler um livro, não é? Principalmente, quando nós acreditávamos que não conseguiríamos chegar ao fim... Caramba! Terminei de ler Como quase namorei Robert Pattinson.

Eu não gostei, vou logo avisando, mas o livro não é de todo ruim. Para começar, a ideia é boa: explorar o fanatismo das garotas fãs de Crepúsculo me pareceu uma premissa divertida. Eu não gosto da saga (li o primeiro e parei aí), acho que a Stephenie Meyer é mais brega do que eu consigo suportar, mas vá lá, entendo quem veja algum encanto. A mitologia é legal apesar de acabar com a verossimilhança dos vampiros. Acho a versão dos lobisomens dela interessante também. O mais é pieguice e baboseira. A moça, Bella, é um pastel. Pastel de vento. E, definitivamente, não entendo como alguém pode querer ter um relacionamento como o deles dois, é doentio. Por isso mesmo, o fanatismo crepuscólico me pareceu divertido.

Maria Eduarda, a personagem principal, é desastrada e imaginativa. É mais divertida do que a Bella, isso é uma certeza. Ela tem 19 anos e apesar de ser bem de vida (os pais são correspondentes da Rede Globo na China, ela vive só no Rio com a irmã) e bonita, não vive, prefere se esconder atrás das suas fantasias com Edward Cullen. Ela tem vergonha de já ter lido os livros milhares de vezes e ter um perfil falso nas redes sociais para falar da saga. Isso demonstra que em algum lugar ela tem um pouco de sensatez. 

Ela, a irmã, a prima e uma amiga vão para Nova York para estudar inglês por seis meses. E, que coincidência, o vizinho do lado é a cara do Robert Pattinson. O que esperar de algo assim? Claro que é chick lit na certa. Encontros, desencontros, amor roxo, problemas e solução com beijo na boca. Só não é dos melhores chick lits que já li.

O problema principal é que o texto é longo demais. Essa história não precisava de 461 páginas nem aqui, nem na China onde os pais da Duda estão. Acaba que tem coisa demais e fica impossível de comprar a ideia em alguns momentos. Gente, tem golpe da barriga, comportamento maluco e obsessivo, gay se assumindo, viciado em sexo, visita ao Late Show, jantar com celebridade do cinema americano... Eu diminuiria umas 150 páginas para ficar melhor.

Na história principal, pasmem, um triângulo amoroso: Duda, fake Pattinson (que é rico e órfão e carente e fofo e misterioso e e e, todos os e necessários para um galã) e o amigo malhado, espanhol e moreno chamado Pablo que não tem nada a ver com o Jacob (Até parece!). O amigo é muito melhor e menos problemático do que  Fake Pattinson (o nome dele é Miguel), mas, assim como Bella, é claro que ela prefere o Team Edward. O livro parece uma fanfic de Crepúsculo (Quem sou eu para criticar fanfics de Crepúsculo depois das milhares de cópias vendidas de 50 tons de cinza). Se você gostou da saga, talvez vai gostar... Tire apenas os vampiros, lobisomens e a eternidade.

O que eu gostei então? Gostei das meninas que moram com Duda, elas são normais e namoram caras com defeitos. Gostei também porque a autora parece conhecer Nova York de fato, ela, aqui e ali fala desse cotidiano da cidade que nunca descansa, das suas praças, museus, metrô e cafés. Fiquei com vontade de ter essa idade e esse dinheiro para fazer a mesma coisa que Duda e suas amigas. Quem sabe em outra vida?


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